Mundo

Colômbia suspenderá uso de glifosato em plantações de droga

Herbicida é o primeiro de uma lista de cinco pesticidas mais cancerígenos para humanos


	Maconha: plantações não vão mais ser eliminadas com glifosato
 (Getty Images)

Maconha: plantações não vão mais ser eliminadas com glifosato (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2015 às 15h45.

Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou neste sábado que pedirá ao Conselho Nacional de Entorpecentes (CNE), que se reúne na próxima quinta-feira, a suspensão do uso de glifosato no país, um potente e polêmico herbicida utilizado para eliminar plantações ilícitas.

"Vou pedir aos funcionários do governo e aos ministros que fazem parte do CNE que suspendam o uso do glifosato nas aspersões contra os cultivos ilícitos", afirmou Santos em um ato realizado em Bogotá.

Em abril, o Ministério da Saúde emitiu uma recomendação para proibir o glifosato no país baseado em um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), que classificou o herbicida como o primeiro de uma lista de cinco pesticidas mais cancerígenos para humanos.

O presidente destacou hoje que a Corte Constitucional da Colômbia já tinha ordenado no ano passado um acompanhamento dos possíveis efeitos do glifosato sobre a saúde humana. Caso fossem notados prejuízos ou riscos, o uso deveria ser suspenso.

"Esses estudos concluíram que sim existe um risco e essa é uma evidência suficiente para aplicar o que a corte chama de princípio de precaução", disse Santos, determinando um período de transição até o dia 1 de outubro, no qual especialistas devem buscar produtos ou mecanismos que possam substituir o glifosato.

O presidente pediu que a decisão não seja interpretada como um "enfraquecimento" da política contra o narcotráfico e destacou que deu instruções ao Ministério da Defesa para intensificar o trabalho do governo contra os outros elos da cadeia de produção da droga. EFE

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaDrogas

Mais de Mundo

EUA e China chegam a acordo para reduzir tensões comerciais, diz Bloomberg

Ex-presidente Cristina Kirchner deve ser presa por corrupção, decide Suprema Corte

Atirador em escola da Áustria morre após ataque, diz polícia

Trump diz que, se necessário, invocará Lei da Insurreição para conter protestos