Mundo

Colômbia registra 3 mortes em casos relacionados ao zika

Outros seis casos estão em análise


	Ministro da Saúde da Colômbia, Alejandro Gaviria, dá entrevista coletiva em Bogotá: "temos em estudo seis mortes e confirmamos e atribuímos ao zika"
 (REUTERS/John Vizcaino)

Ministro da Saúde da Colômbia, Alejandro Gaviria, dá entrevista coletiva em Bogotá: "temos em estudo seis mortes e confirmamos e atribuímos ao zika" (REUTERS/John Vizcaino)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2016 às 15h28.

Bogotá - Pelo menos três pessoas morreram na Colômbia com um "antecedente real" de zika e outros seis casos estão em análise, segundo informou nesta sexta-feira a diretora geral do Instituto Nacional de Saúde (INS), Marta Lucía Ospina.

"Neste momento, temos em estudo seis mortes e confirmamos e atribuímos ao zika, com antecedente real, três mortes", afirmou Ospina em entrevista coletiva ao lado do ministro da Saúde colombiano, Alejandro Gaviria.

Ospina disse que "continuarão a aparecer casos porque o mundo está descobrindo que o zika produz mortalidade" e detalhou que os três casos foram precedidos pela síndrome de Guillain Barre, apesar de declarar que não pode garantir que "não tenhamos outra morte" de uma pessoa que não tenha sofrido de zika.

Dois dos casos foram registrados na cidade de Altero, no departamento de Antioquia (noroeste), e o terceiro ocorreu no arquipélago de San Andrés, no Caribe.

Gaviria explicou que o último Diário Oficial reportou 20,5 mil casos de zika na Colômbia, apesar de estimativas apontarem entre 80 mil e 100 mil casos desde setembro, se forem contadas as pessoas assintomáticas e as que não recorreram aos serviços médicos.

De acordo com Gaviria, na Colômbia não ocorreu nenhum caso oficial confirmado de microcefalia, uma má-formação de recém-nascidos que foi relacionada com o zika vírus no caso das mulheres grávidas.

O ministro também mencionou a reunião de quarta-feira com os colegas do Mercosul, na qual representantes de outros países, como Chile e Suriname, reportaram uma situação parecida sobre a microcefalia.

No entanto, disse que devido ao alto número de casos no Brasil os países mantêm os alertas para compreender a diferença entre o gigante sul-americano e o restante dos vizinhos da região.

"Ainda há muita incerteza sobre este tema", acrescentou.

A situação atual no Brasil fez a Colômbia "atuar na saúde pública como se já tivesse sido provada" a relação entre a microcefalia e o zika.

"Ainda há uma interrogação na região sobre por que isso ocorreu no Brasil, e não nos outros países", ressaltou.

Em mensagem à população colombiana, o ministro ressaltou sobre o "valor significativo do autocuidado" para evitar o crescimento do zika, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

O Ministério da Saúde colombiano também manteve a recomendação às mulheres de evitar a gravidez por causa das possíveis relações entre o zika e a microcefalia, apesar de hoje a ONU ter criticado essa medida que "ignora a realidade de muitas mulheres e meninas" que vivem em "um entorno onde a violência sexual é tão comum".

A Colômbia investirá 42 bilhões de pesos (R$ 48 milhões) na prevenção de contágios, quantia direcionada todos os anos para este mesmo fim. Adicionalmente, o governo previu gastar 5 bilhões de pesos (R$ 5,4 milhões) a mais em 2016 para combater o zika.

O investimento se baseará nas necessidades de cada cidade e região, por isso cada município precisa ter um plano de contingência. EFE

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaDoençasSaúdeZika

Mais de Mundo

'Ninguém vai ganhar uma guerra comercial', diz China após Trump prometer tarifaço

Ucrânia afirma que a Rússia efetuou um ataque noturno 'recorde' com 188 drones

Orsi visita seu mentor Mujica após ser eleito presidente do Uruguai

Califórnia promete intervir se Trump eliminar incentivos fiscais a veículos elétricos