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Colômbia quer reunião de chanceleres por crise com Venezuela

Colômbia pediu a convocação de um Conselho Permanente da OEA para decidir se realiza reunião com chanceleres para abordar crise na fronteira com o país vizinho


	Luis Almagro, secretário-geral da OEA, defendeu um "diálogo direto" entre Bogotá e Caracas para tratar a situação dos colombianos deportados
 (Orlando Sierra/AFP/AFP)

Luis Almagro, secretário-geral da OEA, defendeu um "diálogo direto" entre Bogotá e Caracas para tratar a situação dos colombianos deportados (Orlando Sierra/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2015 às 15h44.

Washington - A Colômbia pediu nesta sexta-feira a convocação de um Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) na próxima segunda-feira, para decidir se realiza uma reunião de consulta de chanceleres que aborde a crise de fronteira com a Venezuela, informaram à Efe fontes diplomáticas.

A missão da Colômbia na OEA enviou hoje esta solicitação à presidência do Conselho Permanente, ocupada neste turno (muda a cada três meses) pelo embaixador do Uruguai na OEA, Hugo Cayrús.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e seu chanceler, María Ángela Holguín, pediram nesta quinta-feira em várias declarações públicas que missões da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e da OEA viajem à fronteira, assim como uma reunião de ministros das Relações Exteriores do continente.

Perguntado nos corredores da OEA por esta crise, e antes de a solicitação da Colômbia ser noticiada, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, tinha se limitado a dizer: "É preciso esperar o Conselho Permanente".

A possibilidade de a Colômbia pedir uma reunião extraordinária do Conselho Permanente por causa da crise com a Venezuela foi hoje o assunto dos comentários nos corredores da OEA, onde foi apresentado justamente um relatório sobre imigração.

Na abertura do evento, Almagro pediu "diálogo" e "aprofundamento das relações bilaterais" para evitar a escalada dos problemas na fronteira.

Embora não tenha se referido diretamente a essa crise, as palavras de Almagro foram interpretadas como se referindo ao conflito entre Colômbia e Venezuela, um assunto sobre o qual hoje os embaixadores dos países-membros fazem consultas à OEA, segundo explicaram à Efe fontes diplomáticas.

Almagro, fiel a seu estilo cauteloso, se referiu nesta sexta-feira apenas de forma indireta a esta crise.

"Permito-me fazer um apelo para aprofundar as relações bilaterais com o propósito de encontrar soluções para temas de dinâmicas fronteiriças", assinalou Almagro na abertura da apresentação do terceiro informe do Sistema Contínuo de Relatórios sobre a Migração Internacional nas Américas (Sicremi 2015).

"Através do diálogo podem ser esclarecidos elementos de informação que são necessários para concluir soluções. São fundamentais os processos de verificação de direitos humanos em zonas de fronteiras para evitar o aumento de problemas e para identificar soluções integrais acelerando níveis de cooperação e de solidariedade", acrescentou o secretário-geral da OEA.

No dia 24 de agosto, durante sua visita à Colômbia, Almagro defendeu um "diálogo direto" entre Bogotá e Caracas para tratar a situação dos colombianos deportados.

"Estimamos que o diálogo direto entre as partes seja o instrumento fundamental para resolver este tema", declarou Almagro em um breve pronunciamento à imprensa depois de se reunir em Bogotá com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. 

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