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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - Em meio ao conflito entre a Venezuela e a Colômbia, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, anunciou hoje (26) que estão em fase de estudo três medidas de ordem econômica que estimulam o comércio na região fronteiriça.
A decisão ocorre três dias antes da reunião extraordinária de chanceleres da União Sul-Americana (Unasul), em Quito, no Equador. A reunião foi convocada pelo presidente do Equador e pró-tempore do bloco, Rafael Correa, para discutir o impasse.
Em comunicado, publicado na página da Presidência da República, Uribe chama a Venezuela de "irmã" e esclarece que as medidas têm o objetivo de "ajudar a economia e a área social da zona fronteiriça" - localizada entre Colômbia e Venezuela. Pelas medidas, devem ser reduzidas as exigências para a instalação de zonas francas na região e investidos mais de US$ 1 milhão nesta área.
Em seguida, será criado um mecanismo jurídico legal para a redução dos impostos dos produtos comercializados envolvendo os dois países. Por fim, deve ser elaborada uma lista de mercadorias nacionais para a comercialização a ser apresentada durante discussão nos dias 4, 5 e 6 de agosto, em Cúcuta.
A crise entre Venezuela e Colômbia se agravou no último dia 22, depois que Chávez anunciou o rompimento das relações com o governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe.
Chávez tomou a decisão depois que o embaixador da Colômbia na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Alfonso Hoyos, em sessão extraordinária da entidade, mostrou fotografias, vídeos e testemunhos na tentativa de comprovar a existência de 87 acampamentos e 1,5 mil guerrilheiros em território venezuelano. A iniciativa provocou a indignação do governo da Venezuela.
A acusação da Colômbia fez Chávez anunciar a ruptura de relações diplomáticas com o país vizinho. Paralelamente, ele deu início a um processo de articulação com os presidentes sul-americanos para a mediação do conflito.
De acordo com especialistas, encaminhar a mediação do conflito para o âmbito da Unasul deixa de lado os Estados Unidos - que também integra a Organização dos Estados Americanos (OEA) e é o principal aliado da Colômbia no continente.