Bogotá - A imagem favorável do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, caiu para 58% em relação aos 64% registrados em novembro de 2011, segundo pesquisa de opinião divulgada no domingo pela revista Semana, na qual aumentou o apoio a um eventual diálogo com a guerrilha das Farc.

A pesquisa afirma também que 52% dos colombianos estão satisfeitos com a gestão de Santos, enquanto 39% declaram-se insatisfeitos. Em novembro do ano passado, essas porcentagens foram de 60% e 33%, respectivamente, segundo a mesma pesquisa realizada pela empresa Ipsos-Napoleón Franco.

O apoio dos colombianos a um eventual diálogo de paz do governo com a guerrilha comunista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) aumentou para 53%, frente a 47% que apoia essa iniciativa no estudo anterior.

Em 2 de abril, as Farc libertaram unilateralmente seis policiais e quatro militares que tinham em seu poder havia 13 anos, depois que anunciaram em fevereiro sua decisão de renunciar ao sequestro extorsivo como forma de luta.

Santos aprovou esse anúncio, mas o considerou "insuficiente" para contemplar um diálogo com essa guerrilha, e afirmou que também é necessário colocar fim a atos "terroristas", excluir as crianças de suas filas e libertar todos os sequestrados civis.

Na pesquisa, a nota mais baixa recebida por Santos em relação aos diferentes temas de seu governo é a questão do desemprego, com uma aprovação de 30%, enquanto a mais alta (61%) é dada às relações internacionais.

A crença dos colombianos no cumprimento das promessas do presidente Santos também diminuiu, ao passar de 53% em novembro passado para 47% na pesquisa publicada neste domingo.

Quanto à possibilidade de legalizar as drogas alucinógenas, 69% rejeitam e 21% aprovam.

O presidente Santos, cujo país é o principal produtor mundial de cocaína, analisou junto a outros presidentes do continente novas formas de enfrentar o problema das drogas, na VI cúpula das Américas realizada em Cartagena, Colômbia, em 14 e 15 de abril.

A pesquisa consultou 1.010 pessoas em 13 cidades entre os últimos 13 e 15 de abril, e apresenta uma margem de erro de 3,1%.