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Colômbia não reconhece eleições venezuelanas por falta de garantias

A chanceler colombiana lembrou que a Colômbia não tem embaixador na Venezuela há mais de um ano e que não reconhece as eleições que reelegeram Maduro

Maduro: o líder chavista foi reeleito com 6,1 milhão de votos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Maduro: o líder chavista foi reeleito com 6,1 milhão de votos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de maio de 2018 às 15h49.

Bogotá - A chanceler da Colômbia, María Ángela Holguín, afirmou nesta segunda-feira que o governo do seu país não reconhece o triunfo de Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela, uma vez que considera que não houve "garantias", como tinha antecipado o presidente Juan Manuel Santos.

"O governo colombiano tinha reiterado em várias ocasiões que não reconheceria estas eleições que se produziram ontem por falta de garantias, por não serem transparentes, por não terem observação internacional", declarou a ministra de Relações Exteriores da Colômbia em entrevista coletiva.

Maduro obteve 6,1 milhões de votos no pleito de domingo, com o que conseguiu a reeleição, de acordo com o segundo boletim emitido hoje pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Holguín lembrou que a Colômbia não tem embaixador na Venezuela há mais de um ano, pois Ricardo Lozano, que ocupava o cargo, ficou em Bogotá em março de 2017 "em consultas" e desde então não retornou a Caracas.

"Nós temos com a Venezuela uma relação, eu lhe diria, ausente, não temos uma relação permanente com a Venezuela", ressaltou, acrescentando que, apesar disso, há cônsuls e um encarregado de negócios que se responsabilizam pelos colombianos que vivem nesse país.

A ministra também se referiu à crise social, política e econômica da Venezuela, salientando que a Colômbia também se vê afetada, já que compartilham uma fronteira de 2.219 quilômetros.

"Realmente é uma tristeza muito grande ver a situação na qual se encontra a Venezuela, ver como a democracia não consegue ser resgatada, como a quantidade de venezuelanos em estado de desespero estão fugindo do seu país e o governo não oferece nenhum tipo de resposta para os seus cidadãos", lamentou.

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