Redação Exame
Publicado em 16 de setembro de 2025 às 12h54.
A Colômbia interrompeu a compra de armamento dos Estados Unidos, depois que Washington retirou a certificação do país como aliado antidrogas, anunciou, nesta terça-feira, 16, o ministro do Interior.
Na segunda-feira, 15, o governo de Donald Trump considerou insuficiente os esforços de Bogotá para conter o narcotráfico e deixou de reconhecê-lo como parceiro na guerra contra as drogas, em meio a um impasse nas relações com o presidente de esquerda, Gustavo Petro.
Em resposta a esta decisão, o ministro do Interior da Colômbia, Armando Benedetti, assegurou que "a partir deste momento, não serão compradas armas dos Estados Unidos", em uma entrevista à Blu Radio.
A decisão do governo americano alegou que o país “descumpriu manifestamente” no último ano suas obrigações em virtude dos acordos internacionais de combate às drogas, segundo comunicado do Departamento de Estado. A decisão também atingiu Afeganistão, Bolívia, Venezuela e Mianmar.
“O cultivo de coca e a produção de cocaína alcançaram níveis recordes sob a presidência de Gustavo Petro, e suas tentativas fracassadas de negociar com grupos narcoterroristas só agravaram a crise”, afirmou o Departamento de Estado. A pasta destacou que países que não cumprirem suas responsabilidades como locais de origem e trânsito de drogas “enfrentarão graves consequências”, mas manteve que continuará fornecendo assistência à Colômbia por considerá-la “vital para os interesses nacionais dos Estados Unidos”.
*Com informações da EFE