Odebrecht: Prieto teria embolsado 650 milhões de pesos (US$ 230 mil) das propinas pagas pela construtora no país, segundo a promotoria colombiana (Guadalupe Pardo/Reuters)
EFE
Publicado em 29 de maio de 2018 às 17h02.
Bogotá - Um juiz de Bogotá determinou nesta terça-feira a prisão preventiva de Roberto Prieto, ex-gerente da campanha que levou Juan Manuel Santos à presidência da Colômbia.
Prieto foi acusado pela Promotoria de ter cometido os crimes de tráfico de influencia, interesse indevido na celebração de contratos, enriquecimento ilícito e falsificação de documentos.
A investigação faz parte do caso que apura os pagamentos de propinas pela construtora brasileira Odebrecht na Colômbia.
"Torna-se necessário dispor de uma medida preventiva contra o senhor Roberto Prieto para proteger o processo contra si", afirmou o juiz na audiência realizada nesta terça-feira.
O ex-gerente de campanha de Santos diz ser inocente. A defesa de Prieto alegou que, por questões de saúde, o acusado deveria ser levado para um centro de detenção militar, mas o juiz do caso determinou que ele seja mantido na prisão "La Modelo", em Bogotá.
"Vistos os elementos em conjunto, é possível estabelecer que Prieto tem a capacidade de comandar uma série de ações para que as testemunhas mudem suas versões. Associado a isso, também há a capacidade do acusado de ocultação de informação", disse o juiz.
Segundo os promotores, Prieto embolsou 650 milhões de pesos (US$ 230 mil) das propinas pagas pela Odebrecht no país.