Mundo

Colômbia e Venezuela criarão nova taxa de câmbio

Países acertaram a criação de uma nova taxa de câmbio que permita que cada parte realize as transações com sua moeda

Nicolás Maduro e Juan Manuel Santos durante encontro em Cartagema, na Colômbia (Presidência da Colômbia/Divulgação via Reuters)

Nicolás Maduro e Juan Manuel Santos durante encontro em Cartagema, na Colômbia (Presidência da Colômbia/Divulgação via Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 23h02.

Cartagena - Os governos da Colômbia e da Venezuela acertaram a criação nesta sexta-feira de uma nova taxa de câmbio que regule o comércio bilateral e que permita , a partir de agora, que cada parte realize as transações com sua moeda.

Trata-se de um novo convênio assinado ao término da reunião bilateral que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tiveram na cidade de Cartagena, na Colômbia.

"O único que falta determinar é o tipo de câmbio com o qual serão feitas as transações em moeda local, ou seja, bolívares com pesos, mas os excedentes devem ser convertidos a uma moeda internacional" que ambos os países reconheçam, afirmou Santos.

Isso será fixado pelo Executivo de Maduro, informou o líder colombiano em seu discurso. Segundo ele, se trata de impulsionar um "processo de fortalecimento" do comércio bilateral a partir do pagamento em moeda local, que na prática representa deixar à margem a referência internacional do dólar.

No entanto, Maduro ressaltou que a moeda americana poderá ser utilizada para converter os excedentes monetários que estas transações deixem.

O ministro do Interior da Venezuela, Miguel Rodríguez Torres, e o ministro da Fazenda da Colômbia, Mauricio Cárdenas, participaram da assinatura do convênio. Cárdenas explicou aos jornalistas que espera que esta medida aumente o comércio bilateral.

"Vai agilizar o comércio já que fará com que não haja filas e não haverá impedimentos", garantiu à imprensa.

Além disso, esta taxa alternativa será aplicada às remessas que os colombianos residentes na Venezuela enviam a seu país e que diminuíram desde o início da crise econômica venezuelana.

O sistema preferencial tradicional que desfrutaram, e que fixava o câmbio em 6,3 bolívares por dólar, passou, no começo do ano, a ser aplicado a remédios e produtos básicos. Como consequência, foram fixados às remessas sistemas muitos menos vantajosos, de 11 ou até 50 bolívares por dólar.

Perguntado sobre a qual destas três taxas estaria mais próximo o novo modelo, o ministro colombiano explicou que ainda não foi decidido, e que o Executivo de Maduro irá informá-los da decisão.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCâmbioColômbiaComércioComércio exteriorNicolás MaduroPolíticosVenezuela

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia