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Colombia e ELN anunciam início das negociações de paz

O ELN, que o governo dos EUA classifica como um grupo terrorista, tem uma força de combate estimado em cerca de 1.500 homens


	Soldados do ELN: o ELN, que o governo dos EUA classifica como um grupo terrorista, tem uma força de combate estimado em cerca de 1.500 homen
 (Carlos Villalon/Getty Images)

Soldados do ELN: o ELN, que o governo dos EUA classifica como um grupo terrorista, tem uma força de combate estimado em cerca de 1.500 homen (Carlos Villalon/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 16h07.

Caracas - A Colômbia e a guerrilha do Exército da Libertação Nacional (ELN) - o segundo maior grupo rebelde do país - anunciaram nesta quarta-feira que irão iniciar as negociações formais de paz, aumentando as expectativas para um fim definitivo a meio século de violência política no país.

O governo manteve negociações preliminares no Equador com o ELN por mais de um ano. Os negociadores dos dois lados anunciaram a decisão em uma coletiva de imprensa em Caracas, capital da Venezuela, onde as negociações serão formalizadas.

O governo vem negociando há três anos em Havana com o maior grupo rebelde colombiano: as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O ELN, que o governo dos EUA classifica como um grupo terrorista, tem uma força de combate estimado em cerca de 1.500 homens e conta com extorsão e sequestro para financiar sua insurgência.

Sua principal base de operações é na Colômbia oriental, ao longo da fronteira com a Venezuela, onde há bombas do maior oleoduto. O grupo recentemente libertou dois reféns, uma pré-condição de formalizar negociações.

O grupo, fundado por padres católicos radicais, há muito se orgulhava de ser mais ideologicamente puro do que as Farc.

Ao contrário da base camponesa das Farc, o ELN compartilha uma tradição com outras insurgências de esquerda na América Latina que foram formadas por alunos de áreas urbanas e intelectuais na esteira da Revolução Cubana.

A guerra civil de longa duração na Colômbia já matou mais de 200 mil pessoas. Fonte: Associated Press.

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