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Colaborador de Hollande é citado em investigação

O tesoureiro da campanha eleitoral do presidente francês é investigado sobre dinheiro em paraísos fiscais


	François Hollande e o ex-ministro do Orçamento Jérôme Cahuzac: depois do escândalo provocado pelo caso Cahuzac, estas revelações podem fragilizar ainda mais Hollande
 (Marion Berard/AFP)

François Hollande e o ex-ministro do Orçamento Jérôme Cahuzac: depois do escândalo provocado pelo caso Cahuzac, estas revelações podem fragilizar ainda mais Hollande (Marion Berard/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 09h11.

Paris - O tesoureiro da campanha eleitoral do presidente francês François Hollande é acionista de empresas 'offshore' nas Ilhas Cayman, afirma o jornal Le Monde, em revelações que podem fragilizar ainda mais o chefe de Estado, já afetado pelo indiciamento do ex-ministro do Orçamento Jérôme Cahuzac, por fraude fiscal.

Segundo o jornal, Jean-Jacques Augier, de 59 anos, ex-inspetor de finanças e empresário, tesoureiro de Hollande na campanha eleitoral pela presidência em 2012, é "acionista de duas empresas offshore nas Ilhas Cayman através de seu consórcio financeiro Eurane".

As revelações foram feitas em uma grande reportagem sobre os paraísos fiscais no mundo.

Uma rede de 36 meios de comunicação do mundo teve acesso, graças ao consórcio independente de jornalista investigativo ICIJ, com sede em Washington, a informações procedentes de duas empresas que oferecem serviços offshore, uma de Cingapura e outra das Ilhas Virgens britânicas.

Questionado pelo Le Monde, Augier confirmou que criou em 2005 e 2008-2009 duas entidades offshore nas Ilhas Cayman, paraíso fiscal do Caribe, território britânico, a pedido de seus sócios.

"Nada disto é ilegal", declarou Augier ao jornal.

Ele disse que não possui conta bancária pessoal em Cayman ou investimentos pessoais diretos neste território.

O Le Monde questiona a situação e pergunta se, "apesar da legalidade das operações, era necessário que um inspetor de finanças, membro de um grande corpo do Estado e portador dos valores da República participasse em tais montagens, avaliando com isto a opacidade financeira dos territórios offshore?".

Depois do escândalo provocado pelo caso Cahuzac, estas revelações podem fragilizar ainda mais o presidente Hollande.

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