Putin e Trump farão sua primeira cúpula oficial na próxima segunda-feira na Finlândia (Jorge Silva/Reuters)
EFE
Publicado em 13 de julho de 2018 às 14h41.
Última atualização em 13 de julho de 2018 às 14h52.
Londres - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que "coisas surpreendentes podem sair" de sua reunião na próxima segunda-feira na Finlândia com o chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, mas comentou que não chegará ao encontro com "muitas expectativas".
O presidente americano, que faz uma visita oficial ao Reino Unido, argumentou que é importante manter "uma boa relação" com a Rússia, mas ressaltou que ele só "ama" os EUA.
Trump também disse que a anexação russa da península ucraniana da Crimeia em março de 2014 foi "um desastre de (Barack) Obama", pois aconteceu durante o mandato de seu antecessor na Casa Branca, e garantiu que, se ele estivesse no comando, Putin "não teria tomado a Crimeia" da Ucrânia.
"Recebi uma situação muito ruim e estou resolvendo os problemas um a um", assinalou Trump na entrevista coletiva posterior à reunião bilateral com a primeira-ministra britânica, Theresa May, na residência oficial de campo da premiê em Chequers.
O presidente americano adiantou que um dos temas que quer abordar com Putin em Helsinque é "a proliferação nuclear", um assunto que ele diz saber muito porque seu tio John "era um professor" que conhecia o tema, assim como a possível ingerência de Moscou nas eleições americanas de 2016 e o acordo nuclear com o Irã.
Trump viajará para a Finlândia no domingo, quando concluir sua visita oficial de quatro dias ao Reino Unido, na qual esteve acompanhado por sua esposa Melania.
Após a reunião em Chequers, Trump e Melania comparecerão nesta tarde ao castelo de Windsor, que fica a 40 quilômetros de Londres, para tomarem chá com a rainha Elizabeth II. Depois desse compromisso, os dois seguirão em visita privada à Escócia, onde o presidente possui empreendimentos com campos de golfe.