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Código só voltará à pauta quando governo tiver segurança

Na madrugada de hoje, a votação no plenário foi suspensa após a ameaça de derrota do governo em itens que o Palácio do Planalto valorizava

Atualmente créditos de carbono só podem ser usados em iniciativas que diminuam as emissões (Divulgação/VEJA)

Atualmente créditos de carbono só podem ser usados em iniciativas que diminuam as emissões (Divulgação/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2011 às 20h37.

O projeto do novo Código Florestal só voltará à pauta de votação da Câmara quando o governo tiver segurança de vitória. Na madrugada de hoje, a votação no plenário foi suspensa após a ameaça de derrota do governo em itens que o Palácio do Planalto não aceita modificar no parecer do relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP). "O governo não trabalha com prazo, mas na expectativa de chegar a um acordo. Temos de fazer um acordo que nos permita a vitória", afirmou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

O líder disse que o governo não vai concordar com nenhuma agressão ao meio ambiente, a anistia de desmatadores nem com a consolidação de áreas já desmatadas. O governo, segundo Vaccarezza, não recua de fazer o decreto para definir as culturas que serão permitidas em áreas de preservação permanentes. Esses são os pontos nos quais deputados ruralistas ameaçam alterar e que provocou a suspensão da votação.

"O governo só concordará com a votação do texto quando a situação estiver equilibrada entre o meio ambiente e a produção agrícola. Não vamos comprometer a defesa do meio ambiente. É o estilo de desenvolvimento do País e o exemplo que o Brasil dá ao mundo", afirmou o líder governista. "Se não tiver acordo, não tem votação". O líder descartou a hipótese de votação na próxima semana, quando o presidente da Câmara estará ausente do País.

Como forma de pressão para que os deputados da base aceitem chegar ao texto defendido pelo Palácio do Planalto, o governo tem usado o dia 11 de junho. Nesta data extingue o decreto que suspendeu as punições para os proprietários que desmataram suas propriedades. "É bom que os interessados se apressem para fechar um acordo. Nunca ouvi no governo nenhuma proposta de prorrogar o decreto", disse Vaccarezza.

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