Mundo

Coalizão promete intensificar ofensiva contra EI

O encontro aconteceu em Roma com o chamado "Small group", formado pelos países envolvidos na linha de frente contra o extremismo do EI


	Estado Islâmico: comunicado diz que os jihadistas no Iraque perderam quase "40% dos territórios" que controlavam
 (Reuters)

Estado Islâmico: comunicado diz que os jihadistas no Iraque perderam quase "40% dos territórios" que controlavam (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 13h42.

Os países membros da coalizão internacional contra o grupo Estado Islâmico (EI) prometeram nesta terça-feira, em Roma, intensificar sua ofensiva contra a organização, e reconheceram a preocupação com o fortalecimento dos jihadistas na Líbia.

O encontro em Roma do chamado "Small group", formado pelos países envolvidos na linha de frente contra o extremismo do EI, foi presidido pelo secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni.

A reunião teve a participação de ministros das Relações Exteriores e representantes de 23 países, incluindo da Alemanha, Arábia Saudita, Egito, Espanha, França, Iraque, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Suécia e Turquia.

Os ministros consideraram que neste momento não seria adequado empreender uma intervenção militar na Líbia, onde a prioridade é a formação de um governo de unidade nacional.

"Vamos intensificar e acelerar nossa campanha contra o Daesh (acrônimo em árabe do Estado Islâmico)", prometeram os ministros numa declaração conjunta ao final da reunião realizada na sede do ministério das Relações Exteriores em Roma.

"Reafirmamos nosso compromisso de infligir uma derrota duradoura a esta organização bárbara" reitera a nota.

EI recuou no Iraque e na Síria

A coalizão, composta por um total de 66 países, criada há um ano e cuja última reunião foi realizada em junho, em Paris, festejou os reveses sofridos pelo EI, que teve de recuar no Iraque e na Síria.

O comunicado diz que os jihadistas no Iraque perderam quase "40% dos territórios" que controlavam. Na Síria, a coalizão também obteve "resultados concretos", especialmente através de ataques aéreos.

"Mas é claro que não estamos aqui para nos gabar", reconheceu Kerry durante a abertura do encontro.

"Nós sabemos que estamos diante de uma organização muito forte com um plano estratégico, por isso não devemos subestimá-la", declarou por sua vez Gentiloni.

A coalizão deve "prosseguir com a sua estratégia, sabemos que ela irá funcionar. Não dar trégua, não dar ao Daesh a chance de se reagrupar, de fugir. Não deve haver um lugar seguro no mundo onde possa se esconder", pediu Kerry.

"Vamos miná-los e destruí-los, mas devemos fazê-lo o mais rápido possível", acrescentou.

Gentiloni enfatizou a ameaça representada pelos jihadistas na Líbia, país localizado a apenas 350 km de distância das ilhas do sul da Itália.

O ministro italiano considera fundamental a formação de um governo de unidade nacional na Líbia para derrotar o EI.

No comunicado final, os países ressaltam que estão "acompanhando de perto" os desenvolvimentos na Líbia e reiteraram que "estão dispostos a apoiar" um governo de unidade no país.

Por sua vez, o chanceler francês, Laurent Fabius, negou que a França pretende intervir militarmente na Líbia.

"Não temos plano algum de intervir militarmente na Líbia", assegurou Fabius a um grupo de jornalistas.

"O que é verdade é que estamos preocupados com a situação na Líbia", comentou o ministro francês ao referir-se à ofensiva do grupo neste país.

"Temos que pressionar para a formação de um governo de unidade", disse ele.

As potências ocidentais temem que a instabilidade política na Líbia alimente o terreno para o grupo jihadista para expandir suas operações na região.

A instabilidade política e a violência dominam a Líbia desde a derrubada de Muammar Khaddafi em 2011.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEstado IslâmicoEstados Unidos (EUA)LíbiaPaíses ricosSíria

Mais de Mundo

Israel anuncia acordo de cessar-fogo com Hezbollah

Supercomputador Tianhe lidera ranking global de eficiência energética em pequenos dados

Os 10 países do mundo mais dependentes de energia nuclear

Ministro alemão adverte para riscos de não selar acordo entre UE e Mercosul