Mundo

Coalizão opositora venezuelana planeja renúncia de Maduro

Na última sexta-feira, Ramos Allup, presidente do Parlamento, declarou que o presidente "vai rejeitar tudo o que a Assembleia propuser"


	Nicolás Maduro: "O primeiro passo é se afastar e permitir que a Venezuela construa um saída (...) para a crise"
 (Spencer Platt/Getty Images)

Nicolás Maduro: "O primeiro passo é se afastar e permitir que a Venezuela construa um saída (...) para a crise" (Spencer Platt/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 08h47.

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) pediu nesta segunda-feira ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que renuncie e, deste modo, abra caminho para uma mudança de governo.

"O primeiro passo é se afastar e permitir que a Venezuela construa um saída pacífica, constitucional, eleitoral, democrática e acordada para esta crise", disse o secretário-executivo da MUD, Jesús Torrealba, em um programa de rádio.

As declarações de Torrealba se somam às posições do presidente do Parlamento de maioria opositora, Henry Ramos Allup, e do ex-candidato presidencial Henrique Capriles, que planejam antecipar o fim do mandato de Maduro por vias constitucionais.

Na última sexta-feira, Ramos Allup declarou que o presidente "vai rejeitar tudo o que a Assembleia propuser" e, portanto, a MUD definirá posteriormente, em junho, um mecanismo legal para encurtar seu mandato de seis anos.

Derrotado na eleição presidencial de 2013, Capriles declarou, na quinta-feira passada, que chegou a hora de convocar um referendo revogatório e planejar uma emenda constitucional que antecipe a saída do governante socialista.

"O tempo constitucional para um referendo revogatório e para a emenda constitucional chegou", declarou Capriles, líder da ala moderada da MUD.

Torrealba advertiu que a crise econômica venezuelana é de tal gravidade que não haverá recursos para cobrir os gastos fiscais de 2016.

"Tenho razões políticas e econômicas para acreditar em que esta saída pacífica, constitucional, eleitoral e acordada é possível", defendeu.

Maduro assegura que enfrenta uma "guerra econômica" da direita e de empresários que se viu agravada pela queda dos preços do petróleo. Ele acusa a oposição de manter um "modelo desestabilizador e de golpe de Estado contínuo".

O mandato do chefe de Estado termina em 2019, mas as leis venezuelanas contemplam a possibilidade de convocar um referendo revogatório quando cumprir a metade do mandato, o que ocorrerá em 19 de abril próximo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaNicolás MaduroOposição políticaPolíticosVenezuela

Mais de Mundo

Há chance real de guerra da Ucrânia acabar em 2025, diz líder da Conferência de Segurança de Munique

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana