Mundo

Coalizão internacional mata maior número de civis sírios em 1 mês

Segundo o OSDH, os ataques provocaram a morte de 225 civis, entre eles 44 menores de idade e 36 mulheres

Síria: pelo menos 1.481 civis foram mortos em ataques aéreos da coalizão desde o início da sua intervenção na Síria (SANA/Handout/Reuters)

Síria: pelo menos 1.481 civis foram mortos em ataques aéreos da coalizão desde o início da sua intervenção na Síria (SANA/Handout/Reuters)

A

AFP

Publicado em 23 de maio de 2017 às 11h05.

A coalizão internacional liderada por Washington executou, entre 23 de abril e 23 de maio, os ataques aéreos mais sangrentos contra civis em um período de um mês desde 2014, afirmou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Entre 23 de abril e 23 de maio, os ataques da coalizão provocaram a morte de 225 civis, entre eles 44 menores de idade e 36 mulheres. O balanço mais grave de vítimas civis desde o início de sua intervenção na Síria em setembro de 2014", indicou o OSDH.

"Este é o maior número de mortes de civis num mês. Há uma verdadeira escalada", declarou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.

Durante o mesmo período, 122 combatentes do grupo Estado Islâmico (EI) foram mortos, bem como oito membros das forças pró-regime, perto de Al-Tanaf, na fronteira sírio-iraquiana em 18 de maio, disse ele.

Anteriormente, o período mais violento para os civis era que o de 23 de fevereiro a 23 de março de 2017, com 220 mortos, indicou.

Pelo menos 1.481 civis foram mortos em ataques aéreos da coalizão internacional desde o início da sua intervenção na Síria contra os extremistas, de acordo com o OSDH.

Um porta-voz militar americano afirmou este mês que os ataques da coalizão no Iraque e na Síria mataram "acidentalmente" 352 civis desde o início da campanha de bombardeios.

A coalizão começou a atacar o EI no Iraque em agosto de 2014 e expandiu suas operações na Síria no mês seguinte.

Além dos ataques aéreos, as forças especiais dos países da coalizão aconselham e ajudam as forças sírias, iraquianas e curdas no terreno.

O EI enfrenta atualmente duas ofensivas contra os seus redutos de Mossul, no Iraque, e Raqa, na Síria, lideradas por forças locais apoiadas pela coalizão internacional.

No início de abril, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump prometeu "destruir" o EI e "proteger a civilização".

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)GuerrasMortesSíria

Mais de Mundo

Brasileiros crescem na política dos EUA e alcançam cargos como prefeito e deputado

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada