Forças ligadas ao governo iraquiano em estrada durante operação contra EI (Younis Al Bayati/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 06h43.
Cidade do Kuwait - Vários países da coalizão contra o grupo Estado Islâmico vão enviar cerca de 1.500 homens ao Iraque a fim de ajudar Bagdá a lutar contra os jihadistas, anunciou nesta segunda-feira o general americano James Terry.
Os membros da coalizão acertaram o envio de cerca de 1.500 soldados para treinar as forças iraquianas, que se somarão aos assessores militares americanos no Iraque, indicou o alto comando da coalizão no Kuwait.
O general não revelou que países da coalizão contribuirão com as tropas.
Já existem cerca de 1.500 americanos no Iraque fazendo assessoria de segurança para a embaixada dos Estados Unidos e orientando o Exército iraquiano e as forças curdas.
O presidente americano, Barack Obama, aprovou o envio de outros 1.600 militares para treinar e assessorar as forças iraquianas.
O general Terry acrescentou que as forças iraquianas estão melhorando sua atuação, mas destacou que ainda faltam meses para se lançar uma ofensiva em grande escala contra o Estado Islâmico.
O EI, por seu lado, está "na defensiva, tratando de manter os territórios que conquistou, mas ainda conserva a capacidade de lançar alguns ataques de alcance limitado".
A coalizão realizou nos três últimos dias 15 ataques aéreos na Síria, sendo 14 no setor de Kobane, a cidade curda na fronteira com a Turquia que se converteu no símbolo da resistência ao Estado Islâmico.
No Iraque, a coalizão informou o lançamento de 31 ataques aéreos em 72 horas, contra posições do EI nas zonas de Kirkuk, Sinjar e Mossul.
Após mais de 1.200 bombardeios no Iraque e na Síria desde o início da campanha aérea contra os jihadistas, as forças do EI "começam a sentir a pressão", acrescentou o general Terry.
Para o militar, as forças iraquianas "ainda têm um longo caminho a percorrer, mas melhoram a cada dia".
Segundo o secretário americano da Defesa, Chuck Hagel, o apoio da coalizão "permitiu às forças de segurança iraquianas recuperar terreno".