CNN em Nova York (Reprodução/Wikimedia Commons)
Gabriela Ruic
Publicado em 24 de outubro de 2018 às 12h00.
Última atualização em 24 de outubro de 2018 às 16h55.
São Paulo – Os Estados Unidos vivem uma quarta-feira de tensão. Vários pacotes explosivos e potencialmente explosivos foram interceptados pela polícia e Serviço Secreto no prédio da rede de notícias CNN e nas residências do ex-presidente Barack Obama e da ex-secretária de Estado dos EUA e candidata à presidência pelo Partido Democrata Hillary Clinton.
Mais tarde, pacotes suspeitos foram ainda interceptados no caminho do escritório da congressista democrata Debbie Wasserman-Schultz, endereçados, contudo, a Eric Holder, ex-procurador geral dos EUA. O nome do ex-diretor do FBI, John Brennan, constava como destinatário de entrega do pacote recebido pela CNN.
Segundo informações da rede de notícias CNN, um pacote também teria sido enviado para a Casa Branca, mas o governo não confirmou essa informação. O artefato no prédio da rede de notícias está sendo tratado como bomba. Já os enviados às residências dos políticos foram classificados até o momento como “potencialmente explosivos”.
Os casos vêm à tona no dia seguinte da notícia da notícia de que uma bomba, posteriormente detonada pela polícia, fora colocada na residência do bilionário George Soros. Fontes ouvidas pela rede de notícias CNN e relacionadas às investigações relataram que os artefatos são iguais e parecem ter relação entre si. Ainda não se sabe quem estaria por trás dos atos e suas motivações.
Em comum, a rede CNN, Hillary, Obama e Soros são alvos frequentes de críticas por movimentos da extrema-direita. Os políticos são membros do Partido Democrata e o magnata é um dos seus maiores doadores.
Nas redes sociais, circula um vídeo que mostra o momento exato em que o alarme de incêndio soou no prédio da CNN. As imagens foram gravadas por câmeras da rede de notícias e durante a divulgação das notícias dos pacotes suspeitos para a Casa Branca, Hillary e Obama. Veja abaixo:
https://twitter.com/KFILE/status/1055102161661636608
A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que a gestão Trump condena o envio dos pacotes. “Esses atos terríveis são desprezíveis e qualquer um responsável irá sofrer as consequências legais. O Serviço Secreto e outras agências estão investigando os casos e irão tomar as medidas apropriadas para proteger qualquer um desses covardes”.
Mais tarde, o presidente americano Donald Trump também se manifestou sobre o tema, dizendo que "não há espaço para atos de ameaça e violência política nos Estados Unidos".