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Hillary e Trump partem para capítulo final de campanha histórica

Uma pesquisa do canal NBC e do Wall Street Journal divulgada no domingo mostra Clinton com uma vantagem de 44% a 40%

Trump e Hillary: as pesquisas divulgadas no último fim de semana antes da eleição mostraram a democrata à frente (Carlo Allegri/Carlos Barria/File Photos/Reuters)

Trump e Hillary: as pesquisas divulgadas no último fim de semana antes da eleição mostraram a democrata à frente (Carlo Allegri/Carlos Barria/File Photos/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 08h45.

Última atualização em 7 de novembro de 2016 às 08h46.

A democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump realizam nesta segunda-feira o último esforço para manter vivas suas aspirações de chegar à Casa Branca, capítulo final de uma campanha histórica nos Estados Unidos.

Depois de pouco mais de um ano de idas e vindas, dramas inesperados e uma série sem precedentes de escândalos de todo tipo, para a ex-secretária de Estado e o polêmico bilionário chegou o momento de colocar todas as cartas sobre a mesa.

O mais recente episódio da longa campanha aconteceu no domingo, quando o FBI informou ao Congresso que não pretendia apresentar acusações formais contra Clinton pelo interminável escândalo provocado por seus e-mails quando era secretária de Estado.

O anúncio do FBI foi uma tentativa de apagar, ao menos parcialmente, o incêndio provocado há apenas uma semana pela mesma instituição, quando o diretor da polícia federal americana James Comey revelou que investigaria novas mensagens relacionados a Hillary Clinton mas não incluídas em uma investigação anterior concluída em julho.

"Nós nos alegramos de que este assunto tenha sido resolvido", disse a jornalistas Jennifer Palmieri, diretora de comunicação da campanha de Hillary, pouco após ser conhecida a decisão da polícia federal americana.

O anúncio da semana passada caíra como uma bomba sobre a campanha de Hillary, já que obrigou a candidata a passar vários dias dando explicações sobre um escândalo que parecia coisa do passado.

Pouco depois do anúncio do FBI, a democrata participou de um comício no domingo em Cleveland, Ohio, mas não fez referência ao caso nem ao fim da nova polêmica.

Fim grandioso de campanha

Em Cleveland, Hillary Clinton foi apresentada no palanque pelo astro do basquete LeBron James. Em um comício em Manchester, New Hampshire, ela contou com as presenças do cantor James Taylor e de Khizr Khan, pai de um soldado americano morto em combate em 2004 no Iraque e fez um discurso muito emotivo na convenção nacional do Partido Democrata, em junho.

Nesta segunda-feira, Hillary Clinton planeja um grande encerramento de campanha.

Em um comício ela terá as participações dos músicos Bruce Springteen e Bon Jovi. Mas o melhor está reservado para a noite, quando reunirá no mesmo palanque o seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, o atual presidente Barack Obama e sua extraordinariamente popular esposa Michelle.

Trump também teve uma agenda movimentada nas últimas horas, que incluiu um discurso em Minnesota durante o qual criticou a classe política em geral e afirmou que Hilarry Clinton enfrentaria "investigações por muito, muito tempo".

O republicano não informou se tinha conhecimento da carta enviada por Comey no domingo aos congressistas, mas fez um alerta a seus eleitores: "Devem entender que este é um sistema repleto de armadilhas e que ela (Clinton) está protegida".

Medir o impacto que o fim da polêmica sobre os e-mails de Hillary Clinton pode ter sobre a campanha é quase impossível, mas as pesquisas divulgadas no último fim de semana antes da eleição de terça-feira mostraram a democrata à frente de Trump com uma vantagem pequena.

Uma pesquisa do canal NBC e do Wall Street Journal divulgada no domingo mostra Clinton com uma vantagem de 44% a 40%. A sondagem inclui outros dois candidatos minoritários na disputa.

O especialista em pesquisas Nate Silver, do site FiveThirtyEight, destacou que "se você tem apenas 44% das intenções de voto, isto significa que de alguma forma está vulnerável na maioria das regiões que ainda estão indefinidas".

Em resumo, afirmou no domingo, "a apenas dois dias do fim da campanha você preferiria estar na posição de Clinton do que na de Trump, mas não é uma posição extraordinariamente segura".

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