Clima mais frio e com mais ventos torna a travessia mais perigosa: ao longo da sexta-feira, cerca de 1.500 pessoas cruzaram o Mar Egeu, abaixo da média das últimas semanas, de 5 mil pessoas ao dia (REUTERS)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2015 às 12h07.
Budapeste - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) afirmou nesta sexta-feira que houve uma "queda significativa" nesta semana nas chegadas por mar de refugiados à Grécia.
No ano todo, o número se aproxima das 400 mil pessoas.
Ao longo da sexta-feira, cerca de 1.500 pessoas cruzaram o Mar Egeu, abaixo da média das últimas semanas, de 5 mil pessoas ao dia, apontou a ACNUR.
A agência da ONU atribuiu a queda ao clima mais frio e com mais ventos, que torna mais perigosa a travessia a partir da Turquia.
"É provável que qualquer melhora no clima traga outro salto nas chegadas", disse o porta-voz Adrian Edwards, da ACNUR. A agência calcula que em todo o ano chegarão cerca de 700 mil pessoas à Europa.
No total, a agência calcula que 396.500 pessoas entraram na Grécia através do Mediterrâneo neste ano. Desse total, 70% procede da Síria. A Organização Internacional de Migração (OIM) tem uma estimativa maior de pessoas que chegaram à Grécia.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, criticou o premiê croata, Zoran Milanovic. Segundo Orban, o governo croata "segue ordens não tanto do povo, mas da Internacional Socialista".
Políticos dos dois países trocam acusações desde que a Hungria decidiu, em 15 de setembro, fechar sua fronteira com a Sérvia.
Agora, milhares de pessoas cruzam a cada dia para a Hungria, a partir da vizinha Croácia, em busca de um caminho até a Alemanha e outros destinos da União Europeia.
As autoridades húngaras dizem estar terminando de construir uma barreira na fronteira croata. Orban afirmou que os imigrantes que chegam à Europa são "homens jovens do mundo árabe que se veem como guerreiros".
Segundo ele, é inaceitável "que isso se imponha na Hungria". O premiê húngaro é contrário às cotas obrigatórias para recepção de refugiados na UE, defendendo cotas globais, incluindo EUA, Israel, os Estados árabes mais ricos e a Austrália.