Logo da do banco UBS: presidente do conselho disse nesta sexta-feira que o banco iria buscar apenas relações de longo prazo com clientes que pagam impostos sobre seus fundos internacionais (Arnd Wiegmann/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2013 às 11h19.
Zurique - O UBS, sob pressão do governo alemão para reduzir a evasão fiscal internacional, deu a clientes do país 16 meses para confessar fraudes ou deixar o banco.
A Suíça é o maior centro bancário internacional do mundo com 2 trilhões de dólares em ativos, e a Alemanha é tradicionalmente o maior mercado para os bancos suíços em contas internacionais. Isso está mudando desde que o governo alemão, cujo orçamento foi atingido pela austeridade na zona do euro, apertou o cerco duramente contra a evasão fiscal por meio de contas ocultas.
O presidente do conselho do UBS, Axel Weber, disse nesta sexta-feira que o banco iria buscar apenas relações de longo prazo com clientes que pagam impostos sobre seus fundos internacionais. Ele não disse o que o banco faria com os clientes que não o fazem.
"Nossa expectativa é que todos os clientes na Alemanha estarão aptos a mostrar que estão em conformidade com pagamento de impostos até o fim do próximo ano", disse Weber ao jornal alemão Boersen-Zeitung nesta sexta-feira.
Os legisladores alemães no ano passado abandonaram um plano de anistia fiscal, mas muitos sonegadores de impostos se apresentaram às autoridades de qualquer forma, em grande parte por medo da alternativa: ser pego por investigadores fiscais alemães que estão comprando os dados de clientes de bancos suíços que foram vazados por informantes. Um número desconhecido ainda têm contas na Suíça.