Mundo

Clérigos devem separar religião do extremismo, diz Merkel

A chanceler Angela Merkel defendeu fortemente, nesta quinta-feira, que os alemães não deixem seus compatriotas muçulmanos cair no ostracismo

Merkel: "Como chanceler, eu vou defender os muçulmanos deste país contra essas ameaças" (Fabrizio Bensch/Reuters)

Merkel: "Como chanceler, eu vou defender os muçulmanos deste país contra essas ameaças" (Fabrizio Bensch/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 16h13.

Berlim - A chanceler Angela Merkel defendeu fortemente, nesta quinta-feira, que os alemães não deixem seus compatriotas muçulmanos cair no ostracismo.

No entanto, ela também afirmou que é urgente que os clérigos muçulmanos tracem uma linha clara separando a religião do terrorismo.

"Nós não deixaremos nos dividir por aqueles que, confrontados ao extremismo islâmico, colocam todos os muçulmanos alemães sob desconfiança", afirmou a Merkel aos parlamentares do Bundestag.

"Como chanceler, eu vou defender os muçulmanos deste país contra essas ameaças", disse.

Merkel, entretanto, reconheceu que existe um certo mal estar com o islã.

"A maioria das pessoas na Alemanha não são inimigas do islã, mas estão incertas quanto ao que pensam, talvez mesmo perplexas", disse.

"Acredito que é importante e urgente que essas questões sejam esclarecidas pelo clero muçulmano", disse.

A Alemanha enfrenta manifestações semanais contra a imigração muçulmana em Dresden, organizadas por um grupo que se autodenomina Europeus Patrióticos Contra a Islamização do Ocidente (Pegida, na sigla em inglês).

A última manifestação, feita na segunda-feira, juntou cerca de 40 mil pessoas. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:Angela MerkelPersonalidadesPolíticosReligiãoTerrorismo

Mais de Mundo

Brasileiros crescem na política dos EUA e alcançam cargos como prefeito e deputado

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada