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Clegg promete maior reforma política em quase 200 anos

Segundo o liberal-democrata, mudanças têm como objetivo reduzir a intereferência do Estado nos cidadãos e reformar o sistema eleitoral

O vice-premiê britânico, Nick Clegg: reforma é a maior desde a Grande Reforma de 1832 (.)

O vice-premiê britânico, Nick Clegg: reforma é a maior desde a Grande Reforma de 1832 (.)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2010 às 13h49.

Londres - Em seu primeiro discurso como vice-primeiro-ministro britânico, o liberal-democrata Nick Clegg apresentou os planos de reforma política do novo Governo de coalizão a fim de conseguir a mais profunda reorganização da democracia do Reino Unido em quase 200 anos.

Forte crítico do sistema eleitoral britânico de maioria simples porque favorece o bipartidarismo, Clegg assegurou que a nova Administração conservadora-liberal-democrata terá foco na reforma política como um "big bang", uma mudança fundamental.

Para Clegg, estes planos representam "a mudança mais significativa da democracia britânica desde a Lei da Grande Reforma de 1832", quando mais cidadãos tiveram o acesso ao voto.

"Esta é uma mudança fundamental da relação entre o Estado e o cidadão", afirmou o político em discurso que fez à imprensa na capital britânica, o primeiro desde que assumiu o Governo de coalizão em 11 de maio.

Clegg assegurou que o novo Governo "não se sente inseguro de renunciar ao controle (do Estado)".

"Este Governo será diferente de qualquer outro. Este Governo vai transformar nossa política de modo que o Estado tenha menos controle sobre as pessoas e mais sobre o Estado", explicou o vice-primeiro-ministro.

Entre os planos figura o estabelecimento de períodos parlamentares fixos, ao invés de ser uma decisão do primeiro-ministro, como é feito atualmente.

Há planos para que a Câmara dos Lordes conte com mais pares escolhidos democraticamente e que se convoque um plebiscito sobre a reforma do sistema eleitoral, de modo que se possa iniciar um baseado na proporcionalidade.

Clegg, responsável pelos assuntos relacionados com a reforma política, afirmou que o Governo quer que os cidadãos façam propostas sobre as leis que gostariam de suprimir, como parte do que chamou "a revolução do poder".

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