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Claudia Sheinbaum diz que México não pagará por muro de Trump na fronteira

Presidente do México reafirma oposição à cobrança de custos do muro entre México e EUA e destaca importância da integração comercial

Claudia Sheinbaum rejeita pagamento de muro na fronteira entre México e Estados Unidos (AFP)

Claudia Sheinbaum rejeita pagamento de muro na fronteira entre México e Estados Unidos (AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 18h54.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2025 às 18h56.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, rejeitou nesta segunda-feira, 10, que seu país pague pela construção do muro na fronteira, retomado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após voltar à Casa Branca em 20 de janeiro.

Sheinbaum afirmou que não há acordo com os Estados Unidos e expressou sua discordância com essa medida durante sua entrevista coletiva diária no Palácio Nacional.

"Não, claro que não. É uma decisão com a qual não concordamos", enfatizou Sheinbaum, distanciando-se de qualquer negociação que envolva recursos mexicanos no projeto promovido por Trump.

O governo de Trump anunciou que retomou a construção de mais de 120 quilômetros de muro na fronteira entre México e Estados Unidos, ao mesmo tempo em que insiste que o governo mexicano pagará pela construção dessa barreira para controlar o fluxo de migrantes.

A mandatária mexicana destacou a importância de fortalecer a cooperação e a integração comercial entre os dois países, em vez de levantar barreiras físicas.

Como exemplo, mencionou a recente inauguração de uma ponte ferroviária em Nuevo Laredo, cidade fronteiriça com o Texas, nos Estados Unidos, que simboliza, segundo argumentou, a necessidade de conectar ambas as nações por meio do comércio e do desenvolvimento conjunto.

"Esta nova ponte ferroviária de Nuevo Laredo transporta mercadorias do centro do México para o Canadá e é um bom símbolo. Precisamos construir pontes, não muros", afirmou.

A retomada da construção do muro gerou reações mistas em ambos os países. Trump baseou grande parte de seu discurso sobre imigração na promessa de reforçar a fronteira desde seu primeiro mandato (2017-2021), enquanto Claudia Sheinbaum insistiu na cooperação e no respeito à soberania nacional para tomar decisões.

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