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Classe executiva de aviões terá assentos com barreira anticovid

Companhias aéreas que retomaram os serviços após o pico da pandemia viram uma demanda crescente por assentos em cabines premium, onde os passageiros ficam menos aglomerados

Pandemia acelerou a preferência entre companhias aéreas e passageiros por assentos que proporcionem maior isolamento (Boom Supersonic/Divulgação)

Pandemia acelerou a preferência entre companhias aéreas e passageiros por assentos que proporcionem maior isolamento (Boom Supersonic/Divulgação)

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Bloomberg

Publicado em 16 de fevereiro de 2022 às 20h23.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2022 às 20h54.

A próxima geração de assentos da classe executiva de aviões virá com portas e paredes divisórias, ajudando os passageiros preocupados com o coronavírus a se protegerem de outros viajantes.

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O novo assento, que o fabricante Recaro Aircraft Seating GmbH lançará em junho, também dará aos passageiros mais espaço para ombros e pernas, disse o CEO Mark Hiller em entrevista ao Singapore Airshow. Com a porta fechada e a parede estendida, o assento torna-se efetivamente uma cabine fechada.

Hiller disse que a pandemia acelerou a preferência entre companhias aéreas e passageiros por assentos que proporcionem maior isolamento. Mesmo o mais novo assento econômico premium da Recaro tenta atingir esse objetivo com um apoio de cabeça que a envolve mais, segundo ele.

“O desafio é realmente projetar algo que lhe dê privacidade, mas não crie uma sensação claustrofóbica”, disse Hiller.

A Recaro, que tem Emirates, Air France-KLM e Cebu Pacific entre clientes, já recebeu pedidos para o novo assento da classe executiva, que custa mais de € 100 mil (US$ 113 mil) cada um, disse Hiller.

A montagem da porta, que é feita de fibra de carbono no padrão honeycomb, representou um desafio porque acrescentou peso e deve abrir mesmo após um pouso forçado, disse Hiller. Foi aprovada pelos reguladores dos Estados Unidos e da Europa, disse ele.

As companhias aéreas que retomaram os serviços após o pico da pandemia viram uma demanda crescente por assentos em cabines premium, onde os passageiros ficam menos aglomerados. Isso levou as empresas a focar mais nessas seções, que normalmente são mais lucrativas.

Hiller disse que a diferença de conforto entre as classes econômica e premium está aumentando.

“Há uma polarização”, disse Hiller. “As pessoas querem ir de A a B pelo menor preço ou querem algo extraordinário.”

Os assentos mais baratos estão ficando mais simples e algumas companhias aéreas estão pedindo à Recaro para entregá-los sem sistemas de entretenimento a bordo para economizar espaço e peso, segundo ele.

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