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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
O resultado do primeiro turno das eleições no Brasil é destaque das capas de todos os jornais argentinos com títulos sobre a vitória da candidata do PT, Dilma Rousseff, mas com uma porcentagem que não a livra do segundo turno. O Clarín dedicou a principal manchete de sua capa com o seguinte título: "Ganhou a candidata de Lula, mas tem segundo turno".
Em quatro páginas, o jornal de maior circulação do país vizinho relata como foi o domingo de eleições e analisa que haverá um "final sem chances para a oposição". O Clarín afirma que o resultado de ontem "prolonga a agonia opositora". O Clarín também faz o perfil de uma Dilma de "caráter forte, sem o carisma de Lula", além de ressaltar a reeleição de Sérgio Cabral no Rio de Janeiro, o "golaço" de Romário, eleito deputado, e o desempenho eleitoral de Marina Silva, "a líder ambientalista que se transformou em uma revelação".
O La Nación também escolheu o Brasil para sua capa e destacou que, "apesar da vitória da candidata de Lula, Dilma Rousseff não conseguiu consagrar-se no primeiro turno diante um eleitorado que também enviou uma advertência através das urnas: não está disposto a comprar um candidato a qualquer preço".
"Em uma mostra de maturidade política, 135,8 milhões de brasileiros deixaram claro, ontem, que, apesar de estarem muito satisfeitos com o rumo econômico que o país tomou - e que não pretendem mudar -, não vão entregar com os olhos fechados um cheque em branco a ninguém, nem mesmo à candidata abençoada pelo presidente Lula", disse o La Nación.
O Ámbito Financiero, com tradição de publicar espaços reduzidos para a editoria de Internacional, ofereceu quatro páginas ao Brasil, nas quais afirma que, apesar do segundo turno, o favoritismo de Rousseff é amplo. Ámbito fez reportagem ainda sobre os "favelados de São Paulo", que votaram "entre suas dúvidas e suas esperanças". O Página 12 exibe em toda sua capa uma foto de Dilma: "O segundo turno tem cara de mulher".
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