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Civis começam a deixar reduto rebelde sírio de Daraya

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, feridos e doentes estão sendo transferidos em ambulâncias e os civis são evacuados para a periferia da capital


	Evacuação: escavadeiras tinham começado a abrir caminhos para permitir a entrada de veículos na cidade
 (Omar Sanadiki/Reuters)

Evacuação: escavadeiras tinham começado a abrir caminhos para permitir a entrada de veículos na cidade (Omar Sanadiki/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2016 às 11h49.

Cairo - O primeiro grupo de civis e combatentes da população rebelde de Daraya, nos arredores de Damasco, saiu nesta sexta-feira dessa cidade, sob a supervisão da ONU e do Crescente Vermelho da Síria, depois do acordo alcançado entre o regime sírio e grupos armados do país.

Segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, os feridos e doentes estão sendo transferidos em ambulâncias e os civis são evacuados para a periferia da capital, como Al Kasua e Haryala, e outros centros de refúgio perto de Damasco.

As facções armadas de Daraya, pertencentes ao Exército Livre Sírio, pactuaram ontem com o regime do presidente Bashar al-Assad a entrega da cidade, ao invés de depor o armamento pesado e de poder abandoná-la em direção a outra zona do país sob controle rebelde.

O Observatório indicou que a aplicação do acordo se prolongará por quatro dias, durante os quais está previsto que cerca de 4 mil civis e 700 combatente deixem a zona, embora fontes do Conselho local da população digam que pelo menos 8 mil pessoas residem em Daraya.

Dito Conselho mostrou em seu perfil oficial da rede social Facebook imagens de dezenas de pessoas carregadas com bolsas e malas se aglomerando diante dos ônibus que começaram a tirá-los da cidade.

A agência oficial de notícias "Sana" também confirmou o começo da evacuação e precisou que hoje será retirada a maioria dos civis e que também poderão sair de Daraya 300 combatentes com suas famílias.

O Observatório informou que nesta manhã escavadeiras tinham começado a abrir caminhos para permitir a entrada de veículos de transporte e ambulâncias à cidade, muito castigada pelo regime com bombardeios quase diários, desde 8 de junho e sitiada desde 2012.

De acordo a dados das Nações Unidas, quase 600 mil pessoas vivem em populações sitiadas da Síria, a maior parte em zonas bloqueadas pelo governo. 

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