Nicolás Maduro: a maioria dos países latino-americanos não deve comparecer à posse do mandatário (Miraflores Palace/Reuters)
EFE
Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 06h26.
Última atualização em 10 de janeiro de 2019 às 10h48.
Os chefes de Estado de cinco países decidiram comparecer à posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, que acontecerá nesta quinta-feira, no meio de questionamentos sobre a legitimidade das eleições onde o líder chavista foi reeleito.
Os líderes da Bolívia, Evo Morales; Nicarágua, Daniel Ortega; Cuba, Miguel Díaz-Canel; El Salvador, Salvador Sánchez Cerén; e Ossétia do Sul (país não reconhecido pelas Nações Unidas), Anatoly Bibilov; encabeçam a lista de presidentes que acompanham Maduro, ao lado de outros 20 representantes internacionais.
Uma fonte do governo, que pediu anonimato, disse que são mais de 100 delegações estrangeiras foram convidadas para a cerimônia, mas se negou a dar outros detalhes sobre o assunto.
Até agora, o Ministério das Relações Exteriores venezuelano confirmou a presença do vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay; o vice-presidente do Conselho da Federação da Assembleia Federal da Rússia, Ilyas Umakhanov; o ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Han Changfu, entre outros.
A deputada federal eleita e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, confirmou sua presença na posse, enquanto países como o Uruguai e México designaram seus encarregados de negócios em Caracas como representantes oficiais para este evento.
Opositores e vários países alertaram que não reconhecerão Maduro a partir de hoje, quando inicia a "usurpação" da presidência na Venezuela.
Por esta razão, a maioria dos países latino-americanos, incluindo o Brasil, não enviará nenhum representante para a posse, assim como os Estados Unidos e a União Europeia.