Mundo

Cientistas quebram CO2 com luz

Pesquisadores usam sistema de nanopartículas e enzimas para transformar dióxido de carbono em CO

co2-energia-jpg.jpg (.)

co2-energia-jpg.jpg (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.

SÃO PAULO - Junta de cientistas cria sistema híbrido de nanopartículas e enzimas para quebrar dióxido de carbono e transformá-lo em CO usando apenas luz.

Essa redução limpa do CO2 foi feita de forma mais barata e eficiente do que todas as tentativas anteriores, transformando, com menos energia, um componente abundante em algo comercialmente útil.

A pesquisa da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e Universidade Oxford, no Reino Unido, foi publicada no Journal of the American Chemical Society.

O método consiste em usar uma enzima modificada de óxido de titânio para excitar os elétrons do dióxido de carbono. Esse processo faz com que eles "pulem" para a enzima, que catalisava a mudança do CO2 em CO. Um fotossintetizador que se liga ao titânio permite o uso de luz visível no processo.

Já a enzima é mais robusta que outros catalisadores e pode fazer a conversão diversas vezes - contanto que a mistura não entre em contato com oxigênio.

O monóxido de carbono é um químico cobiçado usado em processos de produção de eletricidade e hidrogênio. O CO também tem valor combustível, e pode ser convertido por meio de catalisadores conhecidos em hidrocarbonetos ou metanol.

Apesar de poder ser usado como energia ou biomassa para micróbios, o CO é toxico para humanos e animais e seu uso deve ser controlado na geração de outros produtos.

Os pesquisadores imaginam que seja possível modificar geneticamente organismos (como micróbios) para fazer essa conversão, acelerando e barateando ainda mais o processo.

Acompanhe tudo sobre:Desenvolvimento econômicoTecnologias limpasTendências

Mais de Mundo

Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês

Alemanha prepara lista de bunkers e abrigos diante do aumento das tensões com a Rússia

Relatório da Oxfam diz que 80% das mulheres na América Latina sofreram violência de gênero