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Cientistas chineses projetam míssil com alcance de 2.000 km

Equipe afirmou que a arma seria capaz de derrubar aeronaves

Publicado em 28 de março de 2024 às 08h18.

Cientistas chineses afirmam ter projetado um míssil superfície-ar que superará em muito seus rivais, com um alcance de mais de 2.000km, segundo um artigo revisado por pares publicado pelo Journal of Graphics.

Mísseis superfície-ar normalmente tem um alcance de voo de dezenas de quilômetros e os mais rápidos alcançam apenas centenas de quilômetros.

A equipe, liderada por Su Hua, pesquisador associado da Universidade Politécnica do Noroeste, disse que a arma seria capaz de derrubar aeronaves.

Leia também: O plano da China para aterrissar na Lua

De acordo com o artigo, o exército chinês emitiria um aviso ao país de origem da aeronave-alvo e só atiraria se ela não retornasse. A tecnologia "é de grande importância para manter a paz e estabilidade regional e global", dizem os pesquisadores.

O exército chinês solicitou uma arma com baixos custos de produção, que também seja conveniente para operações diárias, com no máximo 10 metros de comprimento e pesando no máximo 4 toneladas para torná-la adequada para lançamento móvel montado em veículo, disse o artigo.

Su e sua equipe superaram as expectativas, projetando um míssil ultra longo alcance com apenas 8 metros de comprimento e uma massa de 2,5 toneladas. O artigo não detalhou a aparência do míssil.

Os cientistas disseram que dados em tempo real de satélites de reconhecimento guiarão o novo míssil.  A China estabeleceu uma poderosa rede global de monitoramento por satélite que supera a dos EUA, segundo o artigo.O Jilin-1 é a maior constelação de satélites de observação da Terra do mundo.

A China inicialmente considerava as armas hipersônicas principalmente como um meio suplementar de romper o sistema de defesa antimísseis dos EUA e atacar alvos fixos dentro dos Estados Unidos em caso de conflito.

Os mísseis balísticos convencionais e as armas hipersônicas do exército chinês já cobrem todas as bases militares dos EUA na primeira cadeia de ilhas - que se estende do arquipélago japonês a Bornéu - incluindo Coreia do Sul, Japão e Filipinas.

A China também implantou uma rede de observação submarina de alta densidade no Mar do Sul da China e no Oceano Pacífico Ocidental para detectar submarinos nucleares dos EUA e lançar ataques.

A Universidade Politécnica do Noroeste é uma instituição crucial para o desenvolvimento de armas de ponta na China e tem sido alvo de sanções dos EUA há muito tempo.

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