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Cientistas chineses escalam o monte Everest para medi-lo

A altura exata do Everest é objeto de debate, apesar de várias campanhas de medição nas últimas décadas

Everest: cume do monte fica entre o Nepal e a China (Agence France-Presse/AFP)

Everest: cume do monte fica entre o Nepal e a China (Agence France-Presse/AFP)

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AFP

Publicado em 27 de maio de 2020 às 14h13.

Última atualização em 27 de maio de 2020 às 17h08.

Um grupo de topógrafos da China chegou ao cume do Everest nesta quarta-feira para determinar com precisão a altura da montanha mais alta do mundo.

Sob um céu azul claro, a equipe de oito pessoas instalou instrumentos de medição e abriu uma garrafa de champanhe, de acordo com vídeos divulgados pela imprensa chinesa.

A altura exata do Everest, cujo cume fica entre o Nepal e a China, é objeto de debate, apesar de várias campanhas de medição nas últimas décadas.

A última realizada pela China remonta a 2005, quando o cume foi medido em 8.844,43 metros, um número que não leva em consideração a neve ou o gelo, segundo a agência de notícias Xinhua.

O Nepal optou por incluir o gelo do cume, por isso considera o Everest quatro metros mais alto.

Os cientistas também se perguntam se a atividade sísmica na região, em particular o forte terremoto de 2015 no Nepal, pode ter influenciado a altura.

Segundo a Xinhua, as medições serão feitas a partir do sistema de navegação por satélite Beidu, o equivalente chinês ao GPS.

Todo o equipamento de mapeamento também é de concepção chinesa e as medições usarão 3D.

A data de publicação dos resultados não foi informada, mas a China e o Nepal concordaram no ano passado em fazer um anúncio conjunto.

A expedição partiu em 30 de abril e foi adiada duas vezes devido ao mau tempo.

Esta é a primeira subida desde o início da pandemia de coronavírus, com a China e o Nepal suspendendo as expedições em março, no início da primavera, por medo da epidemia.

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