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Cidades chinesas aliviam medidas anticovid e cancelam testes em massa

A Comissão Nacional de Saúde emitiu na sexta-feira 20 regras para "otimizar" a política de zero covid, como o alívio de algumas restrições para reduzir seu impacto social e econômico

A China registrou nesta quarta-feira mais de 20.000 novos contágios, o número mais alto desde abril, com focos importantes nas cidades de Cantão e Chongqing (AFP/AFP)

A China registrou nesta quarta-feira mais de 20.000 novos contágios, o número mais alto desde abril, com focos importantes nas cidades de Cantão e Chongqing (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 16 de novembro de 2022 às 09h13.

Várias cidades chinesas cancelaram nesta semana os testes de coronavírus em larga escala, depois que Pequim anunciou um alívio parcial de sua política rígida de zero covid, que despertou expectativas de uma reabertura do país.

A Comissão Nacional de Saúde emitiu na sexta-feira 20 regras para "otimizar" a política de zero covid, como o alívio de algumas restrições para reduzir seu impacto social e econômico.

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A China registrou nesta quarta-feira mais de 20.000 novos contágios, o número mais alto desde abril, com focos importantes nas cidades de Cantão e Chongqing.

Testes de PCR em massa são uma ferramenta-chave para rastrear os contágios, e cidades como Pequim e Xangai exigem a apresentação de testes de no máximo 72 horas para entrar em espaços públicos ou usar o transporte público.

Mas no domingo Xangai aboliu os testes em massa obrigatórios, informou o China News Service, citando autoridades anônimas.

As fontes indicaram que os testes "serão realizados somente quando a fonte e a cadeia de contágio não estiverem claras e quando se espalhar por muito tempo na comunidade".

Shijiazhuang, uma cidade de 11 milhões de habitantes na província de Hebei, no norte, também anunciou no domingo que adotará as 20 medidas.

Isso inclui o cancelamento de testes de rotina em massa, exceto para "grupos-chave", de acordo com as autoridades locais citadas pela China Newsweek.

No entanto, uma autoridade do Partido Comunista de Shijiazhuang esclareceu na segunda-feira que as novas medidas não são um "relaxamento total" das restrições contra o coronavírus.

Usuários das redes sociais reagiram com alegria e preocupação, muitos deles reclamando que não podiam enviar encomendas de Shijiazhuang devido aos rígidos controles sanitários de outros governos locais.

"Estou sem palavras, por que não abrem todo o país em vez de usar Shijiazhuang como um local experimental?", perguntou um morador local na rede social chinesa Weibo. Outras cidades como Yanki, no nordeste, e Hefei, no leste, também cancelaram testes de rotina em massa nesta semana.

As novas medidas também instam os governos locais a "corrigir práticas não científicas, como fazer dois ou três testes por dia".

A cidade de Ghulja, na região noroeste de Xinjiang, retomará a vida normal e o trabalho nesta quarta-feira, anunciaram as autoridades, suspendendo um rígido confinamento de três meses que levou à escassez de alimentos.

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