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Cidadão do Quirguistão pode ser autor de atentado na Rússia

O suspeito foi identificado como Akbarzhon Djaliliv, nascido em 1995 e cidadão do país centro-asiático

Suspeito: o serviço de segurança da república centro-asiática do Cazaquistão está trabalhando ativamente com o FSB russo (5th Channel Russia/Reuters)

Suspeito: o serviço de segurança da república centro-asiática do Cazaquistão está trabalhando ativamente com o FSB russo (5th Channel Russia/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de abril de 2017 às 08h33.

Última atualização em 4 de abril de 2017 às 09h28.

Moscou - Os serviços secretos do Quirguistão informaram nesta terça-feira que tudo aponta para que um cidadão do país centro-asiático poderia ser o autor do atentado que ontem deixou 14 mortos e dezenas de feridos ao explodir uma bomba no metrô de São Petersburgo, na Rússia.

"Provavelmente, o autor do atentado terrorista do dia 3 de abril é um cidadão do Quirguistão naturalizado russo", disse à "Interfax", o porta-voz do serviço de segurança da República, Rajat Sulaimanov.

O suspeito foi identificado como Akbarzhon Djaliliv, nascido em 1995, disse o porta-voz, afirmando que trabalham estreitamente com os serviços de segurança russos.

Anteriormente, o serviço de segurança da república centro-asiática do Cazaquistão informou também que estava trabalhando ativamente com o FSB russo para localizar os culpados do atentado.

O vice-diretor do serviço cazaque, Nurgali Bilisbekov, desmentiu, no entanto, que o terrorista fora um cidadão do Cazaquistão, Maxim Arishev, nascido em 1996. "Esta informação não corresponde com a realidade", disse.

A cidade de São Petersburgo amanheceu hoje de luto, enquanto as autoridades russas seguem buscando aos culpados do sangrento atentado.

As bandeiras tremulam a meio mastro na segunda maior cidade da Rússia, onde onde foi decretado três dias de luto, mas a normalidade voltou em parte ao reabrir nesta manhã as linhas do metrô, segundo informou em comunicado o escritório do governador.

O presidente russo, Vladimir Putin, que ontem se encontrava em São Petersburgo no momento da explosão, colocou uma coroa de flores, no improvisado local de homenagens para vítimas onde dezenas de cidadãos tinham colocado flores e velas.

O atentado ocorreu na segunda-feira, 15h (horário local, 9h de Brasília), e o Comitê Nacional Antiterrorista (CNA) havia subido para 11 o número de mortos, afirmando que 45 pessoas seguem hospitalizadas, sendo que 13 estão em estado grave.

A explosão aconteceu entre duas estações da linha azul, "Sennaya Ploschad" e "Tekhnologitchesky Institut", mas o maquinista do trem atingido não parou no túnel e seguiu até a primeira estação, o que facilitou as tarefas de salvamento.

Outra bomba caseira foi desativada pelo esquadrão antibomba na estação de metrô "Ploschad Vosstania", em frente à principal estação ferroviária da cidade (Moskovskiy).

Ontem foi noticiado que as câmaras de segurança do metrô captaram a imagem de um dos supostos organizadores do atentado, um homem de meia-idade com barba e gorro negros e aspecto de clérigo muçulmano, mas posteriormente ele foi descartado de ser um dos suspeitos.

Os últimos atentados terroristas em solo russo foram cometidos pela guerrilha islamita da Chechênia, república caucasiana russa cujo presidente, Ramzan Kadyrov, qualificou ontem a explosão como "monstruosa".

Mas em 2015, o Estado Islâmico acabou matou 217 turistas russos ao explodir um avião de passageiros pouco após decolar do Egito.

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