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Ciclone-bomba atinge a Califórnia

Milhares de sacos de areia foram distribuídos a moradores para que se protejam contra possíveis inundações

Ciclone-bomba nos EUA: Califórnia se prepara para ventos fortes e tempestades (Tayfun Coskun/Anadolu/Getty Images)

Ciclone-bomba nos EUA: Califórnia se prepara para ventos fortes e tempestades (Tayfun Coskun/Anadolu/Getty Images)

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AFP

Publicado em 5 de janeiro de 2023 às 06h43.

Um ciclone-bomba atingiu a Califórnia nesta quarta-feira (4), com ventos fortes e tempestades que devem causar inundações em áreas já saturadas por chuvas anteriores.

Autoridades emitiram alertas de ameaça à vida e à propriedade em grande parte do estado americano, o mais populoso do país, principalmente nos arredores das cidades de San Francisco e Sacramento. As precipitações continuarão até amanhã.

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Estado de emergência

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, decretou estado de emergência "para apoiar os esforços de resposta e recuperação", enquanto San Francisco montou um Centro de Operações de Emergência.

Os bombeiros pediram que a população evite uma região onde as janelas de um condomínio estouraram devido ao vento forte.

Milhares de sacos de areia foram distribuídos a moradores para que se protejam contra possíveis inundações.

Funcionários municipais de San Francisco disseram que trabalham dia e noite para ajudar a população a se preparar. "Temos trabalhado duro para conseguir sacos de areia de onde pudermos no norte da Califórnia", contou Rachel Gordon, do Departamento de Obras Públicas de San Francisco.

As tempestades são causadas por uma combinação de ciclone-bomba (queda de pressão abrupta) e rio atmosférico (corredor longo e estreito que transporta umidade do oceano).

São esperados até 100 mm de chuva na área da Baía de San Francisco e o dobro nas colinas próximas. Serra Nevada deve registrar 1,2 m de neve.

Várias tempestades

As chuvas se somam a uma série de tempestades que ocorreram nas últimas semanas. San Francisco registrou quase 140 mm de chuva em 31 de dezembro, o segundo maior volume já visto na cidade.

O alagamento causado por essas tempestades aumenta o perigo deste último fenômeno, explicou à AFP o meteorologista Matt Solum: "Com as condições de umidade recentes, boa parte da chuva que já caiu saturou o solo, então qualquer chuva adicional escorrerá, em vez de penetrar na terra."

O oeste dos Estados Unidos sofre com uma seca de décadas e registra precipitações abaixo da média, que deixam os níveis dos rios e reservatórios preocupantemente baixos. Embora os meteorologistas considerem qualquer chuva útil, tempestades repentinas podem fazer mais mal do que bem, uma vez que o solo não é capaz de absorver grandes volumes de água muito rapidamente.

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