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CIA afirma que vazamentos colocam cidadãos americanos em risco

Os vazamentos revelam um programa secreto da CIA para invadir smartphones, computadores e até smart TVs conectadas à internet

CIA: "Tais informações não só colocam em risco funcionários americanos e operações, mas dá aos adversários ferramentas e informações que nos podem causar prejuízos" (Dado Ruvic/Reuters)

CIA: "Tais informações não só colocam em risco funcionários americanos e operações, mas dá aos adversários ferramentas e informações que nos podem causar prejuízos" (Dado Ruvic/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de março de 2017 às 22h14.

Última atualização em 9 de março de 2017 às 10h42.

Washington - A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) não quis confirmar nesta quarta-feira a veracidade dos vazamentos feitos pelo Wikileaks, que revelam técnicas de espionagem eletrônica praticadas pelo órgão, mas afirmou que as informações colocam cidadãos americanos em risco.

"Tais informações não só colocam em risco funcionários americanos e operações, mas dá aos adversários ferramentas e informações que nos podem causar prejuízos", indicou a CIA em comunicado assinado pela porta-voz Heather Fritz Horniak.

O site Wikileaks, comandado pelo australiano Julian Assange, começou a divulgar uma série de vazamentos chamada de "Vault 7". Até agora, apenas o capítulo batizado como "Year Zero", que inclui 7.818 páginas com 943 arquivos, foi publicado.

Esses vazamentos revelam um programa secreto da CIA para invadir smartphones, computadores e até smart TVs conectadas à internet.

"Não vamos comentar a autenticidade dos documentos de inteligência revelados pelo Wikileaks ou sobre o estado de qualquer tipo de investigação sobre a fonte desses documentos", disse a CIA.

No comunicado, a CIA explicou que parte de sua missão para proteger os americanos de nações hostis, adversários e terroristas é ser "inovadora" na hora de obter informações no exterior.

"As atividades da CIA estão sujeitas a uma rigorosa supervisão e respeitam totalmente as leis americanas e a Constituição", indica o comunicado divulgado hoje.

A CIA lembra na nota que é proibida por lei de realizar espionagem eletrônica em território americano ou sobre americanos.

O Wikileaks disse que os documentos revelam que a CIA conseguiu burlar muitos protocolos de segurança de companhias e produtos na Europa e nos EUA, como o iPhone, da Apple, os telefones Android, do Google, e as smart TVs da Samsung.

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