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Maior enchente em 30 anos deixa mais de mil mortos no Paquistão

Desde junho, 1.136 pessoas morreram em decorrência das chuvas, número que pode ser ainda maior, pois equipes de emergência não conseguiram chegar a todas as regiões

Chuvas no Paquistão: um terço do país pode ficar inundado (Getty Images/Reprodução)

Chuvas no Paquistão: um terço do país pode ficar inundado (Getty Images/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de agosto de 2022 às 07h56.

Última atualização em 30 de agosto de 2022 às 09h38.

O Paquistão mobilizou ontem milhares de militares e voluntários em uma operação para resgatar pessoas isoladas pelas enchentes que atingiram o país nas últimas semanas e ameaçam deixar um terço do país - uma área do tamanho do Reino Unido - debaixo d’água. Desde junho, 1.136 pessoas morreram em decorrência das chuvas, número que pode ser ainda maior, pois equipes de emergência não conseguiram chegar a todas as regiões.

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Mais de 33 milhões de pessoas foram afetadas pelas inundações provocadas pelas chuvas de monções excessivamente fortes deste ano. Segundo o primeiro-ministro, Shehbaz Sharif, a situação não tem precedente em 30 anos. "Há um oceano de água de enchente por todos os lados", afirmou.

As províncias de Sindh e Baluquistão, no sul do país, sofreram a maior destruição. Somente em Sindh, 1.800 acampamentos foram montados para os que perderam suas casas. No Baluquistão, mais de 61 mil casas foram parcial ou totalmente danificadas pelas inundações.

Isolamento

Grandes áreas do Paquistão estão isoladas e inacessíveis às equipes de ajuda humanitária, pois estradas e pontes ficaram submersas. O receio de que o número de mortos possa aumentar de forma significativa ao se chegar a essas regiões fez com que algumas autoridades já considerassem a atual crise pior do que as enchentes de 2010, quando aproximadamente 1.700 pessoas morreram.

O governo paquistanês tem atribuído os fenômenos extremos deste ano às mudanças climáticas causadas pelo homem. A ministra do Meio Ambiente, Sherry Rehman, descreveu a chuva incomum como uma "monção monstruosa" exacerbada pelas mudanças climáticas. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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