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Chuvas no sul da África deixam 123 mortos e milhares de desabrigados

Na África do Sul, mais de 13 mil casas ficaram deterioradas, assim como estradas, pontes, escolas e hospitais

Joanesburgo: reparo dos danos causados pelas chuvas custará US$ 240 mi (Lars Haefner/Wikimedia Commons)

Joanesburgo: reparo dos danos causados pelas chuvas custará US$ 240 mi (Lars Haefner/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 10h07.

Joanesburgo - Cento vinte e três pessoas morreram e outras milhares ficaram desabrigadas em consequência das fortes e persistentes chuvas que caíram no sul da África nas últimas semanas, indicou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) em relatório publicado nesta quinta-feira.

Segundo o texto, na África do Sul morreram mais de 91 pessoas atingidas por raios ou em tempestades e inundações, enquanto mais de 13 mil casas ficaram deterioradas, assim como inúmeras estradas, pontes, escolas e centros hospitalares.

O OCHA estima que a reparação dos danos custará US$ 240 milhões e espera-se que na próxima semana continuem ocorrendo tempestades no noroeste do país.

Em Moçambique, segundo o relatório, as inundações na província de Gaza, no sul do país, afetaram mais de 30 mil pessoas e cerca de 18.500 hectares de campos de cultivo nas regiões de Maputo, Gaza e Inhambane.

Além disso, o OCHA informa que as chuvas estão gerando um aumento nos casos de cólera por todo o país, que desde 26 de janeiro teve duas mortes registradas e quase 550 contaminações.

Lesoto, um pequeno país completamente rodeado pelo território da África do Sul, também sofreu com as intensas chuvas, que causaram a morte de cerca de 30 pessoas e de 4 mil cabeças de gado, enquanto 30 casas desabaram e 50% das estradas ficaram completamente destruídas.


O OCHA estima que, por não poder ter acesso aos centros educativos e de saúde, o Programa Mundial de Alimentos da ONU (PAM) não pode dar assistência a quase 14 mil estudantes em mais de 100 escolas, nem a mais de 1.100 pacientes de quatro clínicas.

Na ilha de Madagascar, mais de 2.200 pessoas foram obrigadas a se deslocar por conta das inundações, especialmente em Mahajanga, no noroeste do país, onde 770 casas foram destruídas.

Malauí também sofreu os efeitos das tempestades, onde quase 4.300 casas em 22 distritos e 669 hectares de plantações sofreram danos como consequência dos fortes ventos que acompanham as chuvas.

Em Angola, prossegue o relatório do OCHA, mais de 400 famílias tiveram que deixar suas casas após as fortes chuvas em Luakano, na fronteira com a República Democrática do Congo, e em Ganda, no oeste do país.

Em Botsuana as inundações afetaram 63 famílias, enquanto no Zimbábue, o rio Gweru já transbordou e vários outros, como o Save e o Musengezi, estão perto de fazê-lo.

O OCHA prevê para a próxima semana que as fortes chuvas continuem no norte de Moçambique e em parte de Angola, e que de 8 a 15 de fevereiro, atinjam o litoral de Madagascar, Malauí, o sul da Tanzânia, leste da Zâmbia e sudoeste da Angola.

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