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Chuvas em Serra Leoa já mataram 109 crianças e adolescentes

O número ainda pode aumentar na medida em que forem feitos os trabalhos de busca e resgate, já que ainda existem pelo menos 600 pessoas desaparecidas

Perdas: famílias inteiras estão lotando os necrotérios para identificar e retirar os corpos de parentes (Afolabi Sotunde/Reuters)

Perdas: famílias inteiras estão lotando os necrotérios para identificar e retirar os corpos de parentes (Afolabi Sotunde/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 10h49.

Nairóbi  - Pelo menos 109 menores de idade estão entre as mais de 300 pessoas que faleceram por conta de inundações e deslizamentos de terra provocados pelas chuvas em zonas próximas a Freetown, capital de Serra Leoa, informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta quinta-feira.

O número poderia aumentar na medida em que forem feitos os trabalhos de busca e resgate, já que ainda existem pelo menos 600 pessoas desaparecidas. Atualmente, cerca de 3 mil serra-leoneses estão desalojados.

"O tamanho do estrago não tem precedentes. As crianças estão ficando sem lar e vulneráveis", disse o representante do Unicef neste país, Hamid El-Bashir Ibrahim.

Em comunicado, o Unicef explicou que distribuiu água potável às famílias afetadas, além de medicamentos, lonas plásticas e luvas a partir de um pedido do governo de apoio internacional.

As equipes da ONU, junto com o Executivo, estão habilitando tanques de armazenamento de água para distribuir entre os deslocados e assim evitar surtos de cólera, febre tifoide e outras doenças, já que muitos poços ficaram contaminados após o desastre.

Nesta semana, famílias inteiras estão lotando os necrotérios para identificar e retirar os corpos de parentes. O governo decretou sete dias de luto, em um país consternado pela tragédia.

As inundações começaram a ser registradas na última segunda-feira em lugares de Freetown onde existiam muitas construções ilegais e boa parte dessas casas foi totalmente destruída.

Grandes deslizamentos de terra derrubaram edifícios altos e pelo menos 1.000 casas foram cobertas de barro nas zonas mais atingidas, como Racecourse, Regent e Lumley, onde predominam os imóveis improvisados.

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