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Chuvas afetam 45 mil famílias e gado morre na Bolívia

"A Defesa Civil prioriza e reforça o atendimento humanitário às famílias mais afetadas, que estão no estado de Beni", disse vice-ministro da Defesa Civil


	Chuva: governo boliviano decretou na semana passada emergência nacional por causa das chuvas
 (Getty Images)

Chuva: governo boliviano decretou na semana passada emergência nacional por causa das chuvas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 17h39.

La Paz - As chuvas que afetam a Bolívia desde outubro já deixaram 31 mortos, seis desaparecidos, 45 mil famílias desabrigadas e mataram nove mil cabeças de gado, causando US$ 5 milhões em perdas para o setor na região amazônica de Beni, no nordeste do país, informou nesta sexta-feira a Defesa Civil.

O vice-ministro da Defesa Civil, Óscar Cabrera, detalhou que o número de famílias desabrigadas pelas chuvas e inundações e afirmou que seu escritório reforçou a ajuda humanitária em Beni, uma das regiões mais castigadas pelo fenômeno climatológico.

"A Defesa Civil prioriza e reforça o atendimento humanitário às famílias mais afetadas, que estão no estado de Beni", disse Cabrera.

Até o momento mais de 200 toneladas de ajuda humanitária em alimentos, remédios, ferramentas foram enviadas às cidades mais atingidas, com um investimento superior a US$ 1,4 milhão, segundo a agência estatal "ABI".

Cabrera informou na terça-feira que as chuvas e inundações deixaram 31 mortos e seis desaparecidos desde outubro. A esse número se somam as 19 pessoas que morreram no final de setembro por causa de um desmoronamento em Yungas, no estado de La Paz.

Os fenômenos climatológicos também provocaram a morte de nove mil cabeças de gado e perdas avaliadas em US$ 5 milhões para o setor em Beni, a principal região produtora de carne da Bolívia, disse à agência Efe o presidente da Federação de Criadores de gado de Beni, Mario Hurtado.

"Temos em risco mais de 300 mil cabeças de gado. A situação está a cada dia mais crítica, temos informação que (o nível de água) na bacia alta subiu mais de 80 centímetros, mais de 300 milímetros em menos de 24 horas, toda essa água vem em cima de nós", assinalou.

Se não for aplicado oportunamente um plano para salvar o gado em risco, os criadores preveem que outras 40 mil cabeças de gado morrerão e as perdas econômicas superarão os US$ 20 milhões.

Hurtado assinalou que neste momento é preciso buscar mecanismos para transportar por via fluvial o gado das áreas em risco até pontos mais altos e enviar forragem e minerais para as cabeças de gado que estão nos locais mais afetados.

Este setor se reunirá nas próximas horas na cidade de Trinidad, capital de Beni, com a ministra de Desenvolvimento Rural e Terras, Nemesia Achacollo, para elaborar um plano para resgatar o gado em risco e ajudar os criadores afetados.

O governo boliviano decretou na semana passada emergência nacional por causa das chuvas, para que os governos estaduais e prefeituras possam introduzir variações em seus orçamentos e dispor com maior facilidade de recursos econômicos para atender os desabrigados.

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