Cairo - Um total de 590 pessoas ficaram feridas nos confrontos que começaram nesta terça-feira à noite e continuam nesta quarta entre manifestantes e policiais no centro do Cairo, informou o vice-ministro da Saúde egípcio, Adel Adawi.

Adawi, citado pela agência oficial de notícias "Mena", explicou que 75 dos feridos foram levados a nove hospitais, enquanto os demais foram atendidos em ambulâncias por médicos que estavam nos locais dos incidentes.

Os enfrentamentos começaram nesta terça-feira à noite após o ataque e a detenção supostos familiares das vítimas da Revolução de 25 de janeiro que não obtiveram permissão para entrar em um ato de homenagem aos mártires destes protestos.

Adawi explicou que 23 ambulâncias estão em Tahrir para atender as vítimas ou encaminhá-las aos hospitais caso precisem de mais tratamento médico.

Por outro lado, os policiais detiveram nove pessoas pela acusação de terem instigado os confrontos ocorridos perto do teatro Al Balon, onde era realizado um ato de homenagem às vítimas, segundo fontes policiais citadas pela "Mena".

Os detidos serão apresentados à Promotoria Militar, que vai começar um interrogatório para saber as razões dos enfrentamentos.

Após as detenções que ocorreram no teatro, inúmeros manifestantes se dirigiram à praça Tahrir e tentaram atacar a sede do Ministério do Interior, em cujos arredores começaram violentos confrontos que continuam até agora.