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Chineses celebram chegada do Ano do Porco; veja fotos

A festividade mais importante do calendário chinês dura 15 dias, período em que as famílias se reúnem para rezar e trocar presentes

Hong Kong, China: pessoas queimam incensos e rezam por boa fortuna no Templo Wong Tai Sin (Zhang Wei/China News Service/VCG/Getty Images)

Hong Kong, China: pessoas queimam incensos e rezam por boa fortuna no Templo Wong Tai Sin (Zhang Wei/China News Service/VCG/Getty Images)

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AFP

Publicado em 5 de fevereiro de 2019 às 14h36.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2019 às 14h46.

As comunidades chinesas estabelecidas em todo o mundo deram as boas-vindas nesta terça-feira ao Ano do Porco, marcando a chegada do ano-novo lunar com orações, festas em família e compras.

Na semana passada, milhões de pessoas na China continental viajaram em trens, ônibus, automóveis e aviões para visitar parentes e amigos, naquela que é a maior migração anual do planeta, esvaziando as megacidades do país de grande parte da força de trabalho imigrante.

As celebrações acontecem em todo o mundo, das comunidades chinesas do sudeste asiático até os bairros chineses de cidades como Sydney, Londres, Vancouver e Los Angeles, entre outras.

A festividade mais importante do calendário chinês dura 15 dias, período em que as famílias reunidas comem dumplings, trocam presentes e envelopes vermelhos com dinheiro.

As ruas de Pequim, habitualmente lotadas, estavam vazias nesta segunda-feira, com muitas lojas e restaurantes fechados até a próxima semana.

Cada vez mais, chineses também optam por viajar para o exterior, com deslocamentos em família para Tailândia, Japão e outros destinos.

Arqueólogos chineses descobriram que o país foi um dos primeiros locais a domesticar os porcos, há 9.000 anos, praticamente ao mesmo tempo que a Turquia, de acordo com os ossos deste animal encontrados na província de Henan (centro), informou a agência Xinhua.

Orações e agradecimentos

Em Hong Kong, os mercados de flores estavam lotados e os clientes procuravam orquídeas, tangerinas e flores de pêssego para decorar suas casas. Alguns quiosques também tinham uma grande variedade de brinquedos de pelúcia.

Milhares de pessoas com incenso, algumas vestidas com trajes de porco, se reuniram no famoso templo Wong Tai Sin da cidade durante a noite, um local popular para celebrar as primeiras orações do Ano Novo.

Em Xangai, uma multidão compareceu ao templo de Longhua.

Na Malásia, onde 60% da população é muçulmana e 25% de etnia chinesa, alguns centros comerciais optaram por não exibir decorações de porcos, enquanto algumas lojas deixaram as peças apenas dentro dos estabelecimentos.

Mas os compradores e comerciantes afirmaram que a situação é habitual em um país no qual a maioria muçulmana é reticente a respeito de um animal considerado impuro no Islã e que, em geral, a polêmica foi pequena este ano.

Na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, que também tem uma população considerável de origem chinesa, o Ano Novo Lunar é um dia festivo.

No Japão, a famosa Torre de Tóquio programou uma iluminação vermelha para celebrar o Ano Novo, algo inédito na capital nipônica.

Também é a festa mais importante do Vietnã, onde se celebra como Tet.

As festas também acontecerão em cidades ocidentais como Nova York e Londres, atraindo um público importante.

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, usou as redes sociais para criticar Pequim, com uma mensagem na qual destacou as credenciais democráticas da ilha e o pluralismo linguístico.

"Em Taiwan podemos manter nossas tradições culturais", afirmou em um vídeo no qual ofereceu a saudação tradicional do ano novo em cinco idiomas chineses: mandarim, taiwanês, hakka, teochew e cantonês.

As minorias criticam Pequim por favorecer o mandarim em relação aos demais idiomas.

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