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China vai declarar guerra contra poluição, diz premiê

Governo revelou medidas detalhadas para lidar com a questão que se tornou um problema social e que pode representar ameaça à estabilidade do país


	Poluição na China: redução da poluição tem sido uma parte importante dos esforços do governo para atualizar a economia do país, mudando o foco de indústrias pesadas
 (Getty Images)

Poluição na China: redução da poluição tem sido uma parte importante dos esforços do governo para atualizar a economia do país, mudando o foco de indústrias pesadas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2014 às 10h55.

Pequim - A China vai "declarar guerra" contra a poluição, afirmou o premiê do país, Li Keqiang, na abertura da reunião anual do parlamento em que o governo revelou medidas detalhadas para lidar com a questão que se tornou um problema social e que pode representar ameaça à estabilidade do país.

"Vamos declarar guerra contra a poluição, assim como declaramos guerra contra a pobreza", disse Li aos mais de 3.000 delegados em um discurso transmitido ao vivo pela TV estatal.

A redução da poluição tem sido uma parte importante dos esforços do governo para atualizar a economia do país, mudando o foco de indústrias pesadas e lidando com o problema de excesso de capacidade.

Li afirmou que o governo terá como foco inicial a redução de emissões de material particulado no ar e também a eliminação de produtores ultrapassados de energia e plantas industriais, maiores fontes de poluição atmosférica.

A China vai cortar capacidade siderúrgica defasada em um total de 27 milhões de toneladas neste ano, reduzir a produção de cimento em 42 milhões de toneladas e também fechar 50 mil pequenas fornalhas a carvão pelo país, disse Li.

As 27 milhões de toneladas de aço, equivalentes à capacidade de produção da Itália, representam menos de 2,5 por cento do total da China e representantes do setor alertam que usinas com capacidade para mais 30 milhões de toneladas anuais começaram a ser construídas no ano passado.

A meta para o cimento representa menos de 2 por cento da produção total do país em 2013.

A batalha contra a poluição também será promovida via reformas no preço da energia para incentivar fontes não fósseis. Li prometeu mudar a "forma como a energia é consumida e produzida" por meio do desenvolvimento de instalações de energia nuclear e renováveis, adoção de redes de transmissão inteligentes e com a promoção de tecnologias verdes e de baixa emissão de carbono.

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