Mundo

China treinará 10 mil pombos para garantir comunicação em caso de guerra

China já sofre com as comunicações cortadas em muitas zonas do país, quando houve um dos piores terremotos da última década

Pombos sobrevoam Pequim, na China: maior esquadrão do mundo (Cancan Chu/Getty Images)

Pombos sobrevoam Pequim, na China: maior esquadrão do mundo (Cancan Chu/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2011 às 10h20.

Pequim - A divisão do Exército de Libertação Popular na província chinesa de Sichuan treinará dez mil pombos-correio para garantir a comunicação em caso de guerra ou catástrofe natural, informou nesta sexta-feira o jornal "South China Morning Post".

Segundo o diário, talvez se trate do maior "esquadrão" do mundo, que em tempos de paz será utilizado para chegar a zonas remotas.

A escolha de Sichuan não é casual, já que em 2008 a região sofreu um dos piores terremotos da última década, com mais de 90 mil mortos e desaparecidos e as comunicações cortadas em muitas zonas.

Províncias vizinhas, como Guizhou, Yunnan e a região do Tibete, terão estações para receber mensagens destes pombos.

O primeiro grupo deste tipo de aves para uso militar na China nasceu em 1950 em Yunnan (no sudoeste do país, na fronteira com Laos e Mianmar), para enviar mensagens aos vizinhos países do sudeste da Ásia, embora naquela ocasião os pombos tenham sido importados de Polônia e União Soviética.

Desde então, a capital provincial de Yunnan, Kunming, é o principal centro dedicado ao uso militar de pombos, onde mais de 50 mil destas aves já foram treinadas.

Os pombos-correio, lembrou o "South China Morning Post", foram utilizados nas duas guerras mundiais do século XX, sendo que na primeira delas calcula-se que 95% das mensagens transmitidas por este meio chegaram com sucesso a seu destino. EFE

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDesastres naturaisEstratégiagestao-de-negociosGuerrasTerremotos

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'