Mundo

China tomará medidas para aumentar importações

Entre janeiro e julho deste ano, o superávit da China com a União Européia somou US$ 75,58 bilhões e com os EUA atingiu US$ 96,45 bilhões

Pequim: o superávit comercial chinês atingiu em julho US$ 28,7 bilhões, acima dos US$ 20,02 bilhões de junho e o maior nível desde janeiro de 2009 (.)

Pequim: o superávit comercial chinês atingiu em julho US$ 28,7 bilhões, acima dos US$ 20,02 bilhões de junho e o maior nível desde janeiro de 2009 (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - A China vai tomar medidas para aumentar as importações e equilibrar seu comércio externo. Segundo maior importador do mundo depois dos EUA, a China vai afrouxar as regras relacionadas à importação, reduzir os custos e facilitar para companhias domésticas o financiamento para importação, entre outras medidas, afirmou hoje Chong Quan, vice-representante internacional para comércio da China, que responde ao Ministério do Comércio do país.

Os comentários foram feitos depois de o superávit comercial chinês atingir em julho US$ 28,7 bilhões, acima dos US$ 20,02 bilhões de junho e o maior nível desde janeiro de 2009, em razão de uma forte desaceleração do crescimento das importações e enquanto Pequim enfrenta pressão de seus parceiros comerciais para permitir que a moeda do país se valorize.

Os esforços da China para reduzir o superávit comercial também são vistos como indicador de quão efetivo o governo chinês tem sido em tornar a economia menos dependente da demanda externa e mais focada no consumo doméstico. Segundo Chong, as medidas para aumentar as importações ajudarão a China a reestruturar sua economia e o governo vai incentivar as importações de países com os quais há superávit atualmente.

Chong, no entanto, não citou nenhum país. Entre janeiro e julho deste ano, o superávit da China com a União Europeia somou US$ 75,58 bilhões e com os EUA atingiu US$ 96,45 bilhões, de acordo com dados do governo chinês. Chong pediu que outros países evitem o protecionismo. "Países deveriam se opor juntos ao protecionismo e abrir os mercados para cada um, de forma a impulsionar o desenvolvimento sustentável e estável do comércio mundial e acelerar a recuperação econômica global", afirmou.

O diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Lawrence H. Summers, estará em Pequim até quarta-feira para conversas com autoridades chinesas, incluindo o vice-primeiro-ministro Wang Qishan, que provavelmente vão tratar de comércio e questões cambiais.

O departamento de comércio internacional da China foi reaberto no ano passado. Ele havia ficado ativo durante as negociações sobre têxteis entre os EUA e a China, em 2005, mas foi fechado em 2008 como parte de uma reestruturação que pretendia reorganizar o Ministério do Comércio. As informações são da Dow Jones.

Leia mais sobre China

Siga as notícias de Economia do site EXAME no Twitter

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaComércioComércio exteriorEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosUnião Europeia

Mais de Mundo

Biden diz que cessar-fogo entre Israel e Hezbollah foi pensado para ser permanente

Governo do Canadá diz a Trump para não confundir fronteira do país com a mexicana

Exército da Rússia conquista 235 km quadrados de território da Ucrânia em uma semana

O que é a Área 51 e o que existe lá?