A guarda de honra hasteia a bandeira da China em Pequim (VCG/VCG/Getty Images)
AFP
Publicado em 4 de janeiro de 2019 às 10h35.
A China testou sua bomba convencional mais poderosa, segundo uma mídia estatal, que a chamou de "a versão chinesa da 'mãe de todas as bombas'", em referência à queda de uma bomba americana no Afeganistão.
O fabricante estatal de armas Norinco publicou em seu site um vídeo que mostra, por alguns segundos, o lançamento da bomba.
O explosivo cai em uma planície e, em seguida, uma bola gigante de fogo com fumaça preta é produzida.
Na mídia social, a agência de notícias oficial Xinhua descreveu na quarta-feira o dispositivo, apresentado pela primeira vez, como "a versão chinesa da 'mãe de todas as bombas'".
Um bombardeiro chinês H-6K lançou esta bomba, cujo "poder não é inferior ao das armas nucleares", segundo a mesma fonte.
Não se sabe, no entanto, quando o teste foi realizado. Norinco ou Xinhua não dão datas ou um local preciso ou detalhes sobre suas capacidades.
Em abril de 2017, os Estados Unidos lançaram no Afeganistão a arma convencional mais poderosa do seu arsenal, uma bomba com uma enorme onda expansiva (explosão de ar de munição maciça - MOAB) que batizaram de "mãe de todas as bombas".
O objetivo era destruir uma rede do grupo Estado Islâmico (EI) no leste do país.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que estava "orgulhoso" de suas Forças Armadas e parabenizou pelo "sucesso".
A bomba chinesa teria entre cinco e seis metros de comprimento, mas seria menor e mais leve do que o artefato americano, segundo Wei Dongxu, analista militarsediado em Pequim e citado nesta sexta-feira pelo jornal semi-oficial Global Times.
"A explosão maciça que gera pode facilmente destruir alvos terrestres fortificados", salientou Wei.