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China tem novo governo ao redor do presidente Xi Jinping

País anuncia composição do governo do presidente Xi Junping e o primeiro ministro Li Keqiang. Ex-embaixador chinês no Japão assume pasta das relações exteriores


	Atual presidente da China, Xi Jinping: governo anuncia os ministros que irão compor novo governo
 (REUTERS/David Moir)

Atual presidente da China, Xi Jinping: governo anuncia os ministros que irão compor novo governo (REUTERS/David Moir)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2013 às 13h33.

A China anunciou neste sábado a composição do governo do novo presidente Xi Jinping e de seu primeiro-ministro Li Keqiang, no qual um ex-embaixador no Japão aparece como ministro das Relações Exteriores em plena crise Pequim-Tóquio.

Wang Yi, um diplomata de 59 anos que desde 2008 era responsável pelas relações com Taiwan, foi anunciado neste sábado como ministro das Relações Exteriores da China, em substituição a Yang Jiechi, que foi promovido ao Conselho de Assuntos de Estado.

Wang Yi, que trabalha no ministério das Relações Exteriores há mais de 30 anos, foi embaixador no Japão de 2004 a 2007.

Esta experiência pode ser útil em um momento de tensão nas relações entre China e Japão por uma disputa territorial, desde setembro do ano passado, sobre a soberania de um grupo de ilhas no Mar da China Oriental, chamados Diaoyu em chinês e Senkaku em japonês.

Controladas pelo Japão, as ilhas têm uma importante fauna marinha e são potencialmente ricas em combustíveis.

Como conselheiro de Estado, Yang Jiechi será agora o principal nome da política externa chinesa, um cargo que até agora pertencia a Dai Bingguo.

O ministério da Defesa ficará com o general Chang Wanquan, que fez grande parte de sua carreira no Exército. Aos 64 anos, ele é membro desde 2007 da poderosa Comissão Militar Central, dirigida desde o último congresso do Partido Comunista, em novembro, pelo novo líder do regime, Xi Jinping.

Também foram nomeados quatro vice-primeiros-ministros, incluindo Wang Yangm, ex-governador da província meridional de Guangdong (Cantão), para integrar o gabinete do novo chefe de Governo Li Keqiang, no qual o presidente do Banco Central, Zhou Xiaochuan, conserva o posto.

A permanência de Xiaochuan no BC deve tranquilizar o mercado internacional, que o conhece há uma década.

"É positivo para a economia chinesa e para os mercados financeiros, pois Zhou é um homem com experiência, respeitado, reformador e favorável aos mecanismos de mercado", afirmou Lu Ting, economista do Bank of America-Merril Lynch.

Zhou disse esta semana que a China prosseguiria a curto prazo com uma política monetária "neutra", no momento em que precisa manter um forte crescimento, mas controlando ao mesmo tempo uma inflação que no mês passado chegou a 3,2%, o maior nível em 10 meses.

Para 2013, a segunda economia mundial fixou como meta 7,5% de crescimento, assim como no ano passado, e inflação de até 4,5%. Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou o menor crescimento desde 1999 (+7,8%), com inflação de 2,6%.

Entre os novos ministros estão o das Finanças, Lou Jiwei, até agora diretor do fundo soberano chinês CIC, e o do Comércio, Gao Hucheng, que até agora ocupava o cargo de vice-ministro.

As nomeações, decididas antes da sessão anual do Parlamento pelo comando do Partido Comunista, foram confirmadas pelos deputados chineses depois da nomeação de Xi Jinping como chefe de Estado, na quinta-feira, e de Li Keqiang como primeiro-ministro na sexta-feira.

Com as nomeações chega ao fim a transição de poder na China, iniciada há pouco mais de quatro meses com o 18º congresso do Partido Comunista Chinês, que continua tomando todas as decisões importantes.

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