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China socorre seus quatro maiores bancos

Instituições agora enfrentam o risco de aumento dos créditos podres em seus balanços

O anúncio foi realizado no fim da tarde de ontem, depois de a Bolsa de Xangai fechar no mais baixo patamar em 30 meses (Getty Images)

O anúncio foi realizado no fim da tarde de ontem, depois de a Bolsa de Xangai fechar no mais baixo patamar em 30 meses (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2011 às 11h17.

Pequim - O governo de Pequim anunciou ontem que injetou capital nos quatro maiores bancos chineses, que emprestaram volumes recordes nos últimos dois anos e agora enfrentam o risco de aumento dos créditos podres em seus balanços. Os recursos foram transferidos às instituições financeiras por meio de compra de suas ações no mercado secundário pela Central Huijin Investment, o fundo soberano do país que atua no mercado doméstico.

A última vez em que o fundo realizou operação semelhante foi em setembro de 2008, logo depois que a quebra do Lehman Brothers desencadeou a crise financeira global. Segundo a agência oficial de notícias Xinhua, a injeção de capital tem o objetivo de "apoiar a estável operação e desenvolvimento das principais instituições financeiras e estabilizar o preço de suas ações". O governo não revelou o valor do socorro aos bancos.

O anúncio foi realizado no fim da tarde de ontem, depois de a Bolsa de Xangai fechar no mais baixo patamar em 30 meses, influenciada em grande parte pela má performance das quatro grandes instituições estatais beneficiadas pela medida -Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), Bank of China, China Construction Bank e Agricultural Bank of China.

O mercado de Hong Kong ainda estava em operação e reagiu com a compra de ações das quatro empresas, cujas cotações subiram rapidamente nos últimos minutos do pregão.

O aumento dos empréstimos concedidos pelos bancos chineses foi o principal combustível para a explosão de investimentos que garantiu crescimento de 9,2% e 10,4% em 2009 e 2010, respectivamente, em meio à estagnação dos países ricos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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