Pequim afirma que não busca superávit comercial (Brendan Smialowski/Getty Images)
Redatora
Publicado em 24 de janeiro de 2025 às 12h37.
Última atualização em 24 de janeiro de 2025 às 13h36.
Em resposta às declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a possibilidade de um novo acordo comercial com a China, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, afirmou que, apesar das diferenças, os dois países possuem interesses comuns significativos e espaço para cooperação.
Trump mencionou recentemente que acredita ser possível alcançar um acordo comercial com a China, destacando uma conversa amigável com o presidente chinês, Xi Jinping. Ele enfatizou que preferiria não utilizar tarifas contra a China, mas as considera um "poder tremendo" de negociação.
A porta-voz Mao Ning, segundo a Folha de S. Paulo, ressaltou que a China nunca buscou deliberadamente um superávit comercial com os EUA e que guerras comerciais e tarifárias não beneficiam ninguém. Ela destacou a disposição de Pequim em dialogar para resolver as diferenças econômicas e comerciais entre os dois países.
Especialistas apontam que, embora Trump tenha adotado uma postura firme em relação à China, há sinais de que ele está aberto a negociações. Robert Daly, diretor do Kissinger Institute on China and The United States, observa que a demora em anunciar novas tarifas pode indicar uma oportunidade para avanços nas negociações.
A possibilidade de um novo acordo comercial sino-americano gera apreensão no setor agrícola brasileiro. A ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, alertou recentemente sobre a necessidade de acompanhar de perto as conversas entre Trump e a China, destacando que os EUA competem diretamente com o Brasil em produtos agrícolas.