A severa política de "covid zero" da China dificultou as condições para multinacionais com operações no país trazer funcionários para substituir os que estão deixando o país (Kevin Frayer/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de outubro de 2022 às 15h38.
Última atualização em 25 de outubro de 2022 às 15h54.
Reguladores na China sinalizaram nesta terça-feira, 25, que irão aliviar exigências para viagens internacionais, como parte de uma estratégia para atrair mais investimentos ao país.
Em comunicado conjunto de seis órgãos regulatórios que incluem os ministérios do Comércio e da Indústria e Tecnologia de Informação, o governo pediu a autoridades que facilitem para que executivos de empresas multinacionais, técnicos e seus familiares viajem para a China.
O comunicado, publicado no site da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC, na sigla em inglês) com o intuito básico de atrair investimentos em manufatura, veio dois dias depois de o presidente chinês, Xi Jinping, consolidar seu poder com um inédito terceiro mandato de cinco anos, no encerramento do Congresso do Partido Comunista Chinês.
A severa política de "covid zero" da China dificultou as condições para multinacionais com operações no país trazer funcionários para substituir os que estão deixando o país desde o começo da pandemia. As longas quarentenas exigidas por Pequim e lockdowns que podem confinar a população em suas residências por várias semanas tornaram mais difícil para as empresas reter talentos na China.
O comunicado também incentiva autoridades a organizar eventos sobre investimentos industriais externos para empresas de semicondutores e de saúde, assim como fóruns econômicos para companhias locais e globais trocarem opiniões e informações.
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