Mundo

China se opõe a qualquer ação que aumente ainda mais a tensão no Oriente Médio, diz porta-voz

Lin Jian também criticou o posicionamento do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre as políticas comerciais chinesas

Oriente Médio: regiões vive em clima de tensão com os atritos entre Israel e Irã (Jack Guez/AFP)

Oriente Médio: regiões vive em clima de tensão com os atritos entre Israel e Irã (Jack Guez/AFP)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 19 de abril de 2024 às 16h39.

O porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou nesta sexta, 19, que o país se opõe a qualquer ação que aumente ainda mais a tensão no Oriente Médio e continuará desempenhando um papel construtivo no alívio da situação.

O comentário foi feito em coletiva de imprensa diária, após o representante ser questionado sobre os ataques de Israel no território iraniano.

O porta-voz comentou ainda críticas recentes do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre as políticas comerciais chinesas, com destaque para o setor siderúrgico. Segundo Lin, o setor visa principalmente satisfazer a procura interna e não recebe subsídios orientados para a exportação. "Apenas 5% do nosso aço é exportado, um valor muito inferior ao do Japão, da Coreia e de outros produtores de aço, o que significa que a influência das nossas exportações de aço no mercado internacional é muito limitada".

"Os EUA, por outro lado, gastam centenas de milhares de milhões de dólares em subsídios internos discriminatórios e abusam dos controles de exportação, citando a 'segurança nacional', o que dificulta o comércio internacional normal de chips e outros produtos. Que duplo padrão para os EUA acusarem a China de 'práticas não mercantis'", afirmou.

"O crescimento de indústrias relevantes na China é resultado da inovação tecnológica e da participação das empresas na competição de mercado. Também beneficia do sistema de produção industrial completo da China e do vasto mercado interno. Culpar a China pelos problemas industriais dos EUA carece de base factual e de bom senso econômico", apontou Lin.

"Instamos os EUA a serem prudentes nas suas palavras e atos, a deixarem de manipular questões relativas à China no ano eleitoral, a deixarem de transformar questões econômicas e comerciais em questões de segurança, a levantarem tarifas adicionais à China e a deixarem de impor novas. A China tomará todas as medidas necessárias para defender firmemente os seus próprios direitos e interesses", concluiu.

Acompanhe tudo sobre:IsraelConflito árabe-israelenseChinaEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Após ser atingido por ciclones e terremotos em um mês, Cuba recebe ajuda internacional

Bruxelas diz que negociação com Mercosul está progredindo, mas não dá prazo para conclusão

EUA criticam mandados de prisão da Corte de Haia contra Netanyahu e ex-ministro

Em autobiografia, Angela Merkel descreve Trump como alguém 'fascinado' por autocratas